A conquista de Damasco para Rebeldes Jihaidistas Suni, é um evento histórico marcante. A escolha porAbu Muhammad al-Julani, líder dos rebeldes, da Grande Mesquita de Damasco por para anunciar formalmente a queda de Assad tem um profundo significado político para o mundo islânmico. Sabe mais no Blog dos Portugueses em Viagem A GRANDE MESQUITA DE DAMASCO | HISTÓRIA, ARTE, E ESPIRITUALIDADE INTEMPORALA Grande Mesquita de Damasco, também conhecida como Mesquita dos Omíadas, é uma das joias arquitetónicas e espirituais do mundo islâmico. Situada no coração da histórica Damasco, esta mesquita não é apenas um local de oração, mas também um símbolo vivo da convivência de culturas, religiões e histórias que moldaram o Médio Oriente. Para os curiosos da história e amantes da arte, explorar a sua grandiosidade é mergulhar numa narrativa de fé e poder que atravessa séculos. A sua história remonta ao século VIII, quando foi construída pelo califa omíada al-Walid I, no local onde anteriormente existia uma basílica cristã dedicada a São João Batista. Antes disso, este mesmo local acolhia um templo romano de Júpiter, provando a continuidade religiosa e cultural deste espaço sagrado. A mesquita tornou-se rapidamente um dos maiores símbolos do Islão, destacando-se pela sua monumentalidade e requinte artístico, características que impressionaram até os cruzados que mais tarde a conheceram. A arquitetura da mesquita é uma mistura sublime de influências bizantinas e islâmicas. Os seus mosaicos deslumbrantes, que decoram as paredes e o pátio, representam paisagens paradisíacas, destacando o talento dos artesãos da época. A cúpula, os minaretes e o minbar (púlpito) são outros elementos de destaque, cada um deles carregado de significado espiritual e estético. Este espaço reflete não só o poder dos Omíadas como também a capacidade do Islão de integrar e reinterpretar tradições artísticas de outras culturas. A relevância religiosa da mesquita é inegável. É um dos locais mais sagrados do Islão sunita, mas também tem grande significado para os cristãos, já que é considerado o local onde repousa a cabeça de São João Batista, conhecido como Profeta Yahya pelos muçulmanos. Para os xiitas, é igualmente importante por estar associada a eventos que sucederam à tragédia de Karbala, sendo um ponto de convergência espiritual de várias comunidades religiosas. Durante as Cruzadas, a Mesquita dos Omíadas intrigou os cavaleiros templários e outros cruzados. Embora nunca tenha sido tomada ou transformada como outros locais religiosos, a sua grandiosidade e importância religiosa foram amplamente reconhecidas. As relíquias da Grande Mesquita são outro aspeto que atrai visitantes e fiéis. Além da cabeça de São João Batista, acredita-se que a mesquita guarda um fio da barba do Profeta Maomé e a marca do seu pé, símbolos profundamente venerados no Islão. Estes objetos conferem à mesquita um magnetismo espiritual que transcende gerações e fronteiras. A Grande Mesquita de Damasco é um testemunho vivo da riqueza histórica, artística e religiosa do Médio Oriente. A sua ligação com templários, cruzados e múltiplas tradições religiosas transforma-a num espaço onde as culturas se cruzam, dialogam e se influenciam mutuamente. Quem visita este local único não apenas aprecia a sua beleza arquitetónica, mas também sente a força intemporal de um espaço que é, ao mesmo tempo, um ponto de encontro entre o humano e o divino. EXPOENTE MÁXIMO DA ARQUITECTURA ISLÂMICAA Grande Mesquita de Damasco, ou Mesquita dos Omíadas, é um dos expoentes máximos da arquitetura islâmica, projetada para impressionar tanto pela escala como pela sofisticação dos detalhes. A sua disposição é um exemplo magistral de engenharia e simbolismo religioso, evidenciando a mestria técnica e artística da civilização omíada. O pátio central da mesquita é vasto e cercado por arcadas suportadas por colunas elegantes, criando uma sensação de simetria e equilíbrio. Este espaço aberto é pavimentado com mármore e decorado com mosaicos que representam paisagens paradisíacas, um reflexo visual da ideia do paraíso islâmico. O pátio não é apenas um local funcional para os fiéis realizarem abluções antes da oração, mas também um espaço de convívio comunitário e contemplação espiritual. O interior da mesquita é dominado por uma grande sala de oração com três naves paralelas que se estendem perpendicularmente ao muro da qibla, onde se encontra o mihrab. Este nicho indica a direção de Meca e é decorado com um esplendor que destaca a importância espiritual do espaço. A nave central é particularmente impressionante, sendo marcada por um teto elevado que cria uma sensação de amplitude e transcendência. No coração do edifício ergue-se a majestosa cúpula, conhecida como a "Cúpula do Águia". Sustentada por colunas robustas, esta cúpula centraliza a atenção de quem entra no espaço e simboliza o cosmos, um tema recorrente na arquitetura islâmica. A sua forma hemisférica é um feito de engenharia da época, distribuindo o peso de maneira eficiente e criando uma sensação de monumentalidade sem precedentes. Os três minaretes da mesquita são outro destaque arquitetónico. Cada um deles apresenta um estilo único, refletindo influências culturais e históricas distintas. O Minarete do Noivo é o mais antigo e apresenta uma combinação de formas bizantinas e islâmicas. O Minarete de Jesus, localizado no lado sudeste, é um local de profunda reverência, associado à crença islâmica no regresso de Jesus no fim dos tempos. O Minarete Ocidental, por sua vez, apresenta uma arquitetura mais simples, mas igualmente imponente. A engenharia por trás da mesquita destaca-se pelo uso inteligente de materiais locais, como mármore e pedras calcárias, e pela reutilização de colunas e capitéis romanos e bizantinos, evidenciando a continuidade cultural da região. Os mosaicos que revestem as paredes são outro exemplo de inovação, utilizando vidro dourado para refletir a luz e criar um ambiente quase celestial. O sistema de ventilação e iluminação natural da mesquita é também digno de nota. Grandes janelas com treliças permitem a entrada de luz difusa, enquanto o design espaçoso do edifício assegura uma ventilação eficiente, essencial num clima quente como o de Damasco. A disposição e a arquitetura da Grande Mesquita de Damasco não são apenas funcionalmente notáveis, mas também profundamente simbólicas. Cada elemento, desde o pátio até aos minaretes, foi projetado com o propósito de inspirar reverência, contemplação e unidade espiritual, enquanto demonstra o domínio técnico e artístico dos engenheiros e artesãos que a construíram. A BASÍLICA CRISTÃ DE SÃO JOÃO BAPTISTAA basílica cristã que antecedeu a Grande Mesquita de Damasco foi a Basílica de São João Batista, um dos locais mais importantes do cristianismo na região antes da chegada do Islão. Este edifício sagrado estava situado no mesmo terreno onde, mais tarde, foi construída a Mesquita dos Omíadas. A história da basílica reflete a rica continuidade religiosa deste local, que abrigou templos dedicados a diferentes fés ao longo dos séculos. A Basílica de São João Batista foi construída no período bizantino, provavelmente no século IV ou V, após o estabelecimento do cristianismo como religião oficial do Império Romano. A basílica foi dedicada a São João Batista, uma figura reverenciada tanto pelos cristãos quanto pelos muçulmanos. Segundo a tradição, o edifício abrigava a relíquia da cabeça de São João Batista, um objeto de grande devoção que, segundo muitos relatos, ainda está preservado no local, agora dentro da Grande Mesquita. Antes de ser uma basílica cristã, o local já era sagrado: ali existia um templo romano dedicado a Júpiter Damasceno, o principal deus da cidade sob domínio greco-romano. Com a cristianização do Império Romano, o templo foi convertido numa igreja, mantendo, assim, a continuidade do uso religioso do espaço. Embora existam poucos registros detalhados sobre a arquitetura da Basílica de São João Batista, presume-se que o edifício seguia o tradicional estilo basilical romano-bizantino. Teria uma nave central ampla, ladeada por colunas e corredores laterais, terminando num ábside semicircular onde estava localizado o altar principal. Este design clássico era comum nas grandes igrejas do Império Bizantino, como a Hagia Sofia em Constantinopla. Acredita-se também que a basílica era ricamente decorada, com mosaicos e afrescos, refletindo a importância do local para a comunidade cristã da região. Era um ponto de peregrinação significativo, atraindo fiéis de várias partes do Império Bizantino devido à presença das relíquias de São João Batista. Em 634, Damasco foi conquistada pelos exércitos muçulmanos durante a expansão islâmica, liderados pelo califa omíada. Durante algum tempo após a conquista, a basílica continuou a ser usada pelos cristãos como um local de culto, enquanto os muçulmanos utilizaram uma parte do complexo como espaço de oração. Este uso conjunto reflete a política inicial de convivência religiosa praticada pelos primeiros governantes islâmicos. Por volta de 706, o califa al-Walid I, da dinastia Omíada, decidiu transformar toda a basílica numa mesquita. Como compensação, as comunidades cristãs de Damasco receberam permissão para construir novas igrejas na cidade e arredores. Apesar da conversão, al-Walid preservou elementos simbólicos da basílica, como a relíquia da cabeça de São João Batista, mostrando respeito pelas tradições anteriores. Hoje, a Grande Mesquita dos Omíadas preserva não só a memória da basílica bizantina, mas também a profunda conexão histórica entre as três grandes religiões monoteístas. A relíquia de São João Batista permanece um ponto de veneração comum para cristãos e muçulmanos, simbolizando a continuidade de um espaço sagrado que transcende divisões religiosas. O local onde outrora se ergueu a basílica continua a ser um dos mais reverenciados do mundo, testemunhando séculos de história, fé e transformação cultural. A RELEVÂNCIA DE SÃO JOÃO BAPTISTA PARA OS MUÇULMANOSSão João Batista, conhecido no Islão como Profeta Yahya (ou simplesmente Yahya), é uma figura profundamente venerada na tradição islâmica. Ele é reconhecido como um dos profetas enviados por Deus, mencionando-se a sua vida e missão no Alcorão. A sua importância para os muçulmanos deve-se a vários fatores teológicos e espirituais que o ligam à mensagem de Deus e à linhagem dos profetas. O Alcorão menciona o Profeta Yahya em vários versos, sobretudo nas suras Maryam (Maria) e Al-Anbiya (Os Profetas). É descrito como um homem justo, obediente a Deus, puro e compassivo, sendo escolhido para transmitir a mensagem divina. A sua história está associada à de seu pai, o Profeta Zakariya (Zacarias), que também é uma figura venerada no Islão. De acordo com o Alcorão, Yahya foi um milagre, pois nasceu quando os seus pais já eram idosos e sua mãe era considerada estéril, destacando-o como um sinal do poder de Deus. Yahya é exaltado no Islão por várias qualidades que o tornam um exemplo de devoção a Deus. Ele é descrito como:
A veneração de Yahya pelos muçulmanos também reflete a continuidade entre as religiões abraâmicas. Para o Islão, todos os profetas, desde Adão até Maomé, transmitem a mesma mensagem central: a existência de um único Deus e a necessidade de obedecer à Sua vontade. Assim, Yahya é visto como parte dessa linhagem divina de mensageiros. Tal como no cristianismo, a tradição islâmica reconhece que Yahya foi morto injustamente por se opor à corrupção e aos pecados do governante da sua época. A sua morte é considerada um exemplo de sacrifício pela verdade e justiça, valores centrais no Islão. A cabeça de São João Batista, preservada na Grande Mesquita de Damasco, é um ponto de veneração tanto para muçulmanos quanto para cristãos. No Islão, os locais associados aos profetas são respeitados como símbolos da presença divina e da continuidade da fé. A preservação desta relíquia dentro da mesquita reflete o respeito do Islão pelas figuras religiosas do cristianismo. São João Batista, ou Profeta Yahya, é adorado pelos muçulmanos como um profeta escolhido por Deus, modelo de virtude e exemplo de coragem espiritual. A sua vida é um testemunho de obediência divina e de compromisso com a justiça, valores universais que transcendem as divisões religiosas. A veneração de Yahya no Islão não só reforça a sua ligação aos cristãos e judeus, mas também simboliza a profunda interconexão das religiões abraâmicas. OS EUROPEUS NUNCA COMSEGUIRAM CONQUISTAR DAMASCOOs cruzados nunca chegaram a conquistar Damasco. Durante as Cruzadas, Damasco era uma cidade estratégica e um dos principais centros de poder no Médio Oriente, mas permaneceu sob o controlo muçulmano ao longo de todo o período das campanhas cruzadas. Apesar de várias tentativas, os exércitos cruzados não conseguiram submeter esta cidade histórica. A tentativa mais famosa de conquistar Damasco ocorreu durante a Segunda Cruzada (1147-1149). Em 1148, os cruzados, liderados por Luís VII de França e Conrado III da Alemanha, lançaram uma campanha contra a cidade, com o apoio de nobres dos reinos cruzados na Terra Santa. A sua estratégia inicial centrou-se em atacar Damasco a partir do lado ocidental, onde a cidade era mais vulnerável devido aos seus jardins e canais que poderiam sustentar os sitiantes. Inicialmente, os cruzados obtiveram algum sucesso e chegaram perto das muralhas da cidade, mas enfrentaram uma forte resistência das forças muçulmanas lideradas pela dinastia dos Zangidas, particularmente por Nur ad-Din. Além disso, as tensões entre os líderes cruzados, a escassez de recursos e a contraofensiva muçulmana obrigaram os cruzados a recuar rapidamente, abandonando o cerco após poucos dias. Este fracasso foi um dos fatores que desmoralizou os europeus e marcou o fim da Segunda Cruzada. A resistência de Damasco contra os cruzados deve-se em grande parte à sua posição estratégica, fortificações bem defendidas e à capacidade de mobilizar aliados regionais contra os invasores. A cidade permaneceu um símbolo de poder islâmico e um baluarte contra as ambições europeias na região. O NOVO PODER EM DAMASCOHayat Tahrir al-Sham (HTS) é uma aliança islamista que desempenha um papel central na complexa guerra civil síria. Surgiu como uma evolução do grupo Jabhat al-Nusra, que inicialmente se declarou leal à Al-Qaeda, mas em 2016 cortou publicamente esses laços, rebatizando-se como HTS. Sob a liderança de Abu Muhammad al-Julani, um ex-participante da insurgência iraquiana, o grupo consolidou-se como a mais poderosa facção rebelde na Síria. As operações de HTS, frequentemente marcadas por controvérsias, incluem acusações de violações dos direitos humanos nas áreas sob seu controlo, como execuções sumárias e punições por blasfémia e adultério. Antes de se tornar emir da Frente al-Nusra, Abu Mohammad al-Jolani iniciou a sua carreira militar como combatente, indo de Damasco para o Iraque em 2003, motivado pela resistência à ocupação norte-americana. Ele juntou-se à Al-Qaeda no Iraque e participou da insurgência contra as forças dos EUA. Preso em 2006 pelas tropas americanas, foi libertado pelo governo iraquiano em 2011, coincidindo com o início da revolução síria. Nesse período, Julani foi encarregado de fundar a Frente al-Nusra como o braço oficial da Al-Qaeda na Síria, coordenando esforços com Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico do Iraque (ISI). Em 2013, Baghdadi tentou fundir a Frente al-Nusra com o ISI para formar o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), mas Julani rejeitou a fusão, mantendo a sua lealdade à Al-Qaeda. O líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, apoiou Julani, reconhecendo a al-Nusra como a única filial oficial da organização na Síria e ordenando a dissolução do ISIL. A disputa entre as facções escalou para um conflito violento em 2014, culminando na separação formal entre al-Nusra e ISIL, com a Al-Qaeda a desautorizar o ISIL. Em 2016, sob a liderança de Julani, a al-Nusra rompeu também com a Al-Qaeda, passando a chamar-se Jabhat Fatah al-Sham, numa tentativa de rebranding. Esta evolução reflete as tensões internas entre as principais facções jihadistas e o esforço de Julani para consolidar uma identidade independente na guerra civil síria. o que é a al-qaedaA Al-Qaeda é uma organização jihadista transnacional que ganhou notoriedade mundial por seus ataques terroristas e por promover uma visão extremista do Islão. Fundada no final da década de 1980, tornou-se um dos grupos mais influentes no cenário do terrorismo global. O nome "Al-Qaeda" significa "A Base" em árabe, refletindo sua estrutura inicial como um centro de treinamento e organização para mujahidins que lutavam contra a ocupação soviética no Afeganistão. A Al-Qaeda foi fundada em 1988 por Osama bin Laden, um rico saudita, e outros líderes islamistas como Ayman al-Zawahiri. A organização surgiu no contexto da guerra entre os mujahidins afegãos e a União Soviética, com apoio financeiro e logístico de países como os Estados Unidos, que viam os mujahidins como aliados estratégicos contra os soviéticos. Após a retirada soviética, o grupo redirecionou seu foco para combater a influência ocidental, especialmente a dos EUA, no mundo islâmico. A Al-Qaeda segue uma interpretação radical do Islão sunita, defendendo a implementação estrita da lei islâmica (sharia) e a criação de um califado islâmico global. O grupo vê o Ocidente, especialmente os Estados Unidos, como o principal inimigo, acusando-o de interferir nos assuntos dos países muçulmanos, apoiar regimes autoritários e explorar recursos naturais da região. A Al-Qaeda é responsável por alguns dos ataques terroristas mais devastadores da história moderna. O mais famoso é o 11 de setembro de 2001, quando sequestraram aviões comerciais e os usaram para atacar as Torres Gémeas em Nova Iorque e o Pentágono, resultando na morte de quase 3.000 pessoas. Outros ataques incluem os bombardeamentos das embaixadas dos EUA no Quénia e na Tanzânia em 1998, e o ataque ao USS Cole em 2000. Após os ataques de 2001, a Al-Qaeda sofreu uma campanha militar intensa liderada pelos EUA no Afeganistão, onde tinha apoio do regime Talibã. Apesar disso, o grupo descentralizou suas operações, estabelecendo filiais em várias regiões, como a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) e outras organizações afiliadas na África, Médio Oriente e Ásia. A morte de Osama bin Laden em 2011, numa operação militar dos EUA no Paquistão, foi um golpe significativo para a Al-Qaeda. Além disso, o surgimento de outros grupos jihadistas, como o Estado Islâmico (ISIS), desviou parte de seus recursos e influência. Mesmo assim, a Al-Qaeda continua ativa em várias regiões, especialmente através de seus grupos afiliados. A organização usa táticas como ataques suicidas, bombardeamentos e sequestros para atingir seus objetivos. O financiamento vem de doações privadas, extorsões, tráfico de drogas e outras atividades ilegais, muitas vezes ligadas às regiões em que atua. A Al-Qaeda moldou o cenário do terrorismo internacional nas últimas décadas, influenciando políticas de segurança, provocando guerras e criando um clima de vigilância global. Apesar de enfraquecida, sua ideologia continua a inspirar movimentos extremistas ao redor do mundo. reacçÕes internacionais à queda de assadA queda do regime de Bashar al-Assad gerou reações intensas a nível internacional. Portugal celebrou o "fim do inominável regime de Assad", apelando a uma transição pacífica e inclusiva. Itália relatou a invasão da residência do seu embaixador em Damasco, mas sem feridos, enquanto trabalha na retirada de cidadãos italianos da região. Outros líderes europeus, como Macron e Scholz, destacaram o momento como um passo importante para a liberdade e estabilidade, enquanto a ONU enfatizou a necessidade de reconstrução e reconciliação. Os Estados Unidos, com Biden a monitorizar a situação, e Trump a destacar o enfraquecimento de Rússia e Irão, consideraram o colapso do regime como um momento significativo na geopolítica regional. A Rússia, tradicional aliada de Assad, e o Irão enfrentam agora desafios adicionais devido à guerra na Ucrânia e tensões com Israel. A União Europeia, liderada por Kaja Kallas, destacou o compromisso com a segurança regional e a complexidade da reconstrução da Síria. A China, Espanha e Turquia apelaram à prudência e à preservação da integridade territorial síria, alertando contra a exploração da instabilidade por grupos terroristas. A reconstrução da Síria será um processo longo, mas a comunidade internacional vê a queda de Assad como uma oportunidade para a paz e estabilidade na região após quase 14 anos de conflito. O que esperar no mÉdio orienteA queda repentina de Assad, resultado de uma revolta parcialmente apoiada pela Turquia e com raízes no jihadismo sunita, limita a capacidade do Irão apoiar os seus aliados e pode pôr em risco a base naval da Rússia no Mediterrâneo. Este desfecho pode também abrir a possibilidade de milhões de refugiados, espalhados há mais de uma década por campos na Turquia, Líbano e Jordânia, finalmente regressarem às suas casas. Para os sírios, representa um fim inesperado e abrupto de uma guerra que estava congelada há anos, deixando centenas de milhares de mortos, cidades reduzidas a escombros e uma economia devastada por sanções globais. Por outro lado, o país como um todo pode se tornar ingovernável e ser fracionado por interesses exteriores, pouco favoráveis a um progresso pacífico na região. A queda de Damasco foi uma mudança abrupta e histórica que vem mudar dramáticamente o futuro da região. Que seja para o bem do povo Sírio. ler maisEM DIRECTO DA SÍRIA 18 DE NOVEMBRO | DIA INTERNACIONAL DA ARTE ISLÂMICA QUEM FOI O VIAJANTE IBN BATTUTA (1304-1369) AS MELHORES PRAIAS DO MÉDIO ORIENTE A EXTRAORDINÁRIA VIAGEM DOS REIS MAGOS viaja com quem sabe |
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