A herança portuguesa no Japão remonta ao século XVI, quando os portugueses chegaram ao país. Um dos marcos mais significativos dessa presença é a chegada do navegador português Fernão Mendes Pinto ao Japão em 1543. Os portugueses introduziram diversos elementos culturais e tecnológicos que permanecem vivos na memória colectiva do Japão até hoje. UMA herança ainda perceptívelO Japão era conhecido desde o tempo de Marco Polo, que lhe chamou Cipango. Mas foram efetivamente os portugueses os primeiros europeus a chegar ao Japão. A partir de 1550, o comércio com o Japão já era notável mas é em 1557, quando os portugueses se estabeleceram em Macau, na China, que o comércio com o Japão cresce exponencialmente. O intercâmbio cultural incluiu a introdução de armas de fogo, a técnica de fundição de armaduras e o estilo arquitectónico conhecido como "nanban-zukuri", uma fusão de estilos europeus e asiáticos que pode ser vista em alguns templos e igrejas no sul do Japão. A cidade de Nagasaki, em particular, foi um importante centro de influência portuguesa durante o período Nanban (séculos XVI e XVII). A influência portuguesa declinou no início do século XVII, quando o governo japonês começou a restringir a presença estrangeira, resultando em um período de isolamento conhecido como Sakoku. Apesar do declínio da presença física, a herança portuguesa ainda é perceptível em alguns aspectos da cultura japonesa, especialmente em locais históricos e na influência do cristianismo na região de Nagasaki. O legado dessa iteração histórica entre Portugal e Japão é uma parte intrigante da história cultural das duas nações. Ainda hoje sobrevivem na língua japonesa vários vocábulos de origem portuguesa. Foi mesmo um missionário português quem escreveu a primeira gramática da língua japonesa. Os portugueses introduziram no Japão novos conhecimentos nos domínios da medicina, astronomia, matemática, e navegação. Entre 1582 e 1590 realiza-se a primeira embaixada do Japão à Europa. NAGASAKIA presença portuguesa em Nagasaki remonta ao século XVI, quando missionários e comerciantes portugueses chegaram à cidade japonesa. Em 1543, os portugueses desembarcaram em Tanegashima, uma ilha ao largo da costa de Kyushu, introduzindo armas de fogo no Japão. Esse contato inicial levou a uma crescente presença em Nagasaki, que se tornou um importante centro de comércio e atividade missionária. Em 1571, Nagasaki foi designada como o único porto aberto para o comércio estrangeiro, e os portugueses desempenharam um papel crucial nesse intercâmbio cultural e comercial. O bairro de Dejima, uma ilha artificial construída em Nagasaki, tornou-se um enclave português e, posteriormente, neerlandês. Essa área era um ponto vital para a troca de produtos como seda, prata e produtos ocidentais. No entanto, em 1639, o governo japonês decidiu isolar o país, resultando no fechamento de Nagasaki para o comércio exterior, com exceção de alguns países como a China e os Países Baixos. Apesar disso, a influência portuguesa deixou um legado duradouro em Nagasaki. A Igreja de São Francisco Xavier e a Igreja Oura são testemunhos dessa era, destacando a contribuição significativa dos portugueses para a história da cidade. Hoje, ao visitar Nagasaki, é possível explorar esses monumentos históricos e sentir a influência da presença portuguesa na arquitetura e cultura locais. As ruínas da Igreja de São Francisco Xavier e a Igreja Oura permanecem como testemunhos tangíveis desse período fascinante de intercâmbio cultural entre Portugal e Japão. LER MAIS
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