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A MUITO CURIOSA HISTÓRIA DO ALFABETO NO VIETNAME (quốc ngữ)

14/12/2024

 
O Vietname é o único país na Indochina que usa o alfabeto latino. A curiosa adopção deve-se não só à passagem de missionários portugueses na região mas tambvém à decisão  estratégica  do Líder Ho Chi Min da sua adopção. O motivo foi simples: por ser um alfabeto mais fácil de aprender era portanto muito mais eficaz para as camapnhas de alfabetização e propaganda que empreendeu. Ao contrário da escrita chinesa, mais complexa e ideográfica, o alfabeto latino permitia uma comunicação literal, objectiva e mais simples/imediatista. A decisão, aparentemente literária, pode ser vista como um dos pilares da vitória do Vietname que assentou na mobilização e resistência da população. O pragmatismo de usar um "instrumento" que chegou com o colonialismo para conquistar a independência desse colonialismo, e afirmar a identidade nacional, é intelectualmente corajoso e único na região. Sabe mais no Blog dos Portugueses em Viagem.
Fotografia
O Vietname adotou o alfabeto latino durante o período de colonização e influência europeia, especialmente sob o domínio francês e a chegada de missionários cristãos. A transição para o alfabeto europeu, conhecido como quốc ngữ, foi um processo gradual que teve início no século XVII e consolidou-se no início do século XX.

A chegada dos missionários jesuítas: No século XVII, missionários portugueses e italianos, como o jesuíta Alexandre de Rhodes, desempenharam um papel central na introdução do alfabeto latino no Vietname. O objetivo principal era facilitar a disseminação do cristianismo, criando uma forma escrita que fosse mais acessível aos vietnamitas e aos missionários europeus. A escrita original do Vietname utilizava caracteres chineses (chữ Hán) e uma adaptação deles conhecida como chữ Nôm, que era complexa e difícil de aprender.

Alexandre de Rhodes, juntamente com outros missionários como Francisco de Pina, desenvolveu o sistema de escrita que simplificava a fonética vietnamita usando o alfabeto latino e marcadores diacríticos para representar tons e sons específicos. Este sistema permitia transcrever a língua vietnamita de forma mais precisa e era muito mais prático do que os caracteres chineses.

Durante o domínio francês, no final do século XIX e início do século XX, o quốc ngữ foi promovido como a forma oficial de escrita. A administração colonial considerava o alfabeto latino mais eficiente para a burocracia e a educação, ao mesmo tempo que ajudava a enfraquecer os laços culturais com a China. A França também via essa mudança como uma forma de solidificar sua influência cultural e política sobre o Vietname.

No início do século XX, com o crescimento dos movimentos nacionalistas e reformistas, o quốc ngữ foi adotado por intelectuais vietnamitas como uma ferramenta para promover a alfabetização em massa e a disseminação de ideias modernas. A simplicidade do alfabeto latino, em comparação com o sistema chinês, tornou a educação mais acessível a uma maior parte da população.

Após a independência do Vietname, o quốc ngữ tornou-se o sistema oficial de escrita. Isso consolidou a ruptura com os sistemas tradicionais baseados nos caracteres chineses e reforçou a identidade nacional vietnamita.

Embora o quốc ngữ tenha sido introduzido pelos europeus, ele tornou-se uma parte essencial da identidade vietnamita moderna. A escrita baseada no alfabeto latino facilitou a comunicação e a preservação da língua em tempos de rápidas mudanças sociopolíticas.

Em resumo, a mudança para o alfabeto europeu foi motivada por razões práticas, religiosas e coloniais, mas acabou sendo adotada pelos próprios vietnamitas como uma ferramenta de modernização e emancipação cultural. O sistema quốc ngữ é hoje um símbolo da singularidade linguística e cultural do Vietname.

EXPEDIÇÕES NO VIETNAME


A EDUCAÇÃO NO VIETNAME

​O sistema educativo do Vietname é estruturado em cinco níveis: pré-escolar, ensino primário, ensino secundário inferior, ensino secundário superior e ensino superior. A educação básica compreende 12 anos: cinco anos de ensino primário, quatro de secundário inferior e três de secundário superior. A maioria dos alunos frequenta a escola em regime de tempo integral, com turmas que variam entre 35 a 50 estudantes. 

O governo vietnamita atribui elevada prioridade à educação, destinando cerca de 20% do orçamento nacional a este setor, um aumento significativo em relação aos 15% de uma década atrás.  Este investimento reflete-se em taxas de alfabetização impressionantes: de acordo com dados de 2019, a taxa de alfabetização total é de 95,8%, sendo 97% para homens e 94,6% para mulheres. 

PRINCIPAIS ESCRITORES DO VIETNAME

​A literatura vietnamita é rica e diversificada, com autores cujas obras transcenderam fronteiras e foram traduzidas para múltiplas línguas, permitindo uma compreensão mais profunda da cultura e história do Vietname. Entre os escritores mais proeminentes, destaca-se Nguyễn Du (1766-1820), cuja obra-prima, "Truyện Kiều" ("A História de Kiều"), é considerada um clássico da literatura vietnamita. Este poema épico, escrito em chữ Nôm, narra a trágica vida de uma jovem chamada Kiều e tem sido traduzido para diversas línguas, incluindo inglês, francês e português, permitindo que leitores de todo o mundo apreciem a profundidade emocional e a beleza lírica da narrativa.

Outro autor contemporâneo de destaque é Bảo Ninh, conhecido pelo romance "Nỗi buồn chiến tranh" ("O Sorriso da Guerra"), publicado em 1990. Esta obra oferece uma perspetiva íntima e dolorosa da Guerra do Vietname, explorando as cicatrizes psicológicas deixadas pelo conflito. O livro foi amplamente traduzido, incluindo para inglês e português, e é reconhecido pela sua contribuição para a literatura de guerra, oferecendo uma visão humanizada dos soldados vietnamitas.

Dương Thu Hương é outra escritora vietnamita cujas obras ganharam reconhecimento internacional. O seu romance "Những thiên đường mù" ("Paraíso Cego"), publicado em 1988, é uma crítica ao regime comunista e explora temas de opressão e desilusão. Este foi o primeiro romance vietnamita contemporâneo traduzido para inglês e outras línguas ocidentais, proporcionando uma visão crítica da sociedade vietnamita pós-guerra. A tradução para inglês foi lançada em 1993, permitindo que a obra alcançasse um público mais amplo e fomentando discussões sobre a censura e a liberdade de expressão no Vietname.

Estas traduções desempenham um papel crucial na disseminação da literatura vietnamita, permitindo que leitores internacionais acedam a narrativas que refletem as complexidades históricas e culturais do Vietname. Ao mesmo tempo, oferecem aos autores vietnamitas uma plataforma para partilhar as suas histórias e perspetivas únicas com o mundo, enriquecendo o panorama literário global.

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