A NOVA ERA DO TURISMO: COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTÁ A REDEFINIR A FORMA COMO O MUNDO VIAJA25/10/2025
A inteligência artificial (IA) está pronta para provocar uma ruptura profunda no modo como se viaja, remodelando o turismo desde a fase de planeamento até à experiência no destino. Fomos á procura dos vectores principais desta transformação, as implicações económicas e estratégicas, e as recomendações para que os Operadores e os Destinos se adaptem com sucesso. Sabe mais no Blog dos Portugueses em Viagem. 1. Planeamento e reserva hiper-personalizados Já hoje, plataformas de turismo utilizam IA para sugerir voos, hotéis e itinerários com base no comportamento anterior, no perfil de risco, nas preferências e até no humor do viajante. Em breve, a IA generativa permitirá ao viajante dizer “quero um fim-de-semana surpresa de luxo perto de Lisboa”, e receber num instante várias opções personalizadas, com preços, mapas, rota de transporte e experiências locais integradas. Este grau de personalização intensifica a procura por segmentos de elevado valor e pode aumentar a receita média por cliente. 2. Operações das empresas de turismo mais eficientes Para companhias aéreas, cadeias hoteleiras e plataformas de viagens, a IA permite optimizar preços em tempo real, prever atrasos ou falhas, gerir recursos de forma dinâmica e melhorar o serviço: tudo isto reduz custos operacionais e riscos. Por exemplo, algoritmos de previsão de procura ajudarão hotéis a ajustar a oferta de quartos ou serviços, enquanto sistemas de manutenção preditiva podem evitar interrupções nos voos ou alojamentos. 3. Experiência no destino e “destinos inteligentes” Destinos turísticos também irão usar IA para gerir os fluxos de visitantes, optimizar transporte local, reduzir impactos ambientais e monitorizar satisfação em tempo real. Isto permite que destinos formulares estratégias de turismo mais sustentáveis e seleccione visitantes com base em compatibilidade de perfil, aumentando a preservação patrimonial e reduzindo “o turismo de massas” descontrolado. 4. Valor económico e mudança de paradigma para o sector A adopção de IA no turismo pode não só melhorar a experiência do cliente, mas elevar a produtividade do sector, aumentar receitas e reforçar competitividade global. Em mercados como Portugal, onde o turismo representa uma fracção significativa do PIB, a integração bem-sucedida da IA pode ser um factor diferenciador face a concorrentes. Por outro lado, as empresas menos preparadas poderão ficar marginalizadas num ciclo de inovação acelerado. 5. Riscos, desigualdades e preparação do factor humano Apesar das vantagens, há riscos: privacidade de dados, dependência tecnológica, erosão da experiência humana autêntica e desigualdades entre grandes operadores com recursos para IA e pequenos negócios que ficam para trás. Também se regista escassez de competências em IA no sector turismo. A transição requer investimento em formação, infraestrutura de dados e regulamentação para assegurar transparência e confiança. 6. Cenários de curto-prazo e médio-prazo (2-5 anos)
7. Recomendação para operadores e destinos portugueses
Em suma, a IA vai alterar fundamentalmente como escolhemos, reservamos, vivemos e relembramos as viagens. A fonte tecnológica da diferença deixará de estar apenas na logística, para estar na experiência, personalização e sustentabilidade. Só quem no sector turismo conseguir conjugar estas três dimensões (dados, tecnologia e pessoas) estará bem posicionado para a próxima era de viagens. |
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