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A VERDADEIRA HISTÓRIA DA CHEGADA DE VASCO DA GAMA À ÍNDIA

8/6/2024

 
A chegada de Vasco da Gama à Índia é um dos episódios mais significativos na história das descobertas marítimas portuguesas e na história mundial. Este feito não só marcou a ascensão de Portugal como uma potência marítima global, mas também alterou para sempre as rotas comerciais e as relações entre o Ocidente e o Oriente. Fomos à procura de factos curiosos e cativantes sobre este evento histórico. Sabe mais no Blog dos Portugueses em Viagem.
Fotografia
A chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498 foi um marco na história mundial. Esta viagem não só abriu novas rotas comerciais, mas também iniciou uma era de intercâmbio cultural e económico que moldaria o futuro de várias nações. A coragem e a determinação de Vasco da Gama e da sua tripulação são um testemunho do espírito de exploração e descoberta que definiu a Era dos Descobrimentos.
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Quando Vasco da Gama chegou a Calecute em 1498, os mercadores árabes, que dominavam o comércio na região, viram os portugueses como uma ameaça. A desconfiança inicial entre os portugueses e os governantes locais foi exacerbada pela diferença de cultura e pelas suspeitas de intenções colonizadoras dos europeus. Esta receção hostil dificultou as negociações iniciais.

Vasco da Gama encontrou uma sociedade com práticas religiosas que, na sua opinião, lembravam o cristianismo. Por exemplo, os templos hindus tinham altares e usavam incenso e lamparinas, práticas também comuns em igrejas cristãs na Europa. Além disso, alguns dos deuses hindus eram representados em estátuas que poderiam ser confundidas com santos cristãos. ​Os portugueses, sendo católicos devotos, esperavam encontrar cristãos em terras distantes devido a relatos e lendas anteriores sobre o Preste João, um lendário rei cristão do Oriente. Este desejo de encontrar aliados cristãos contra os muçulmanos pode ter contribuído para a interpretação errada das práticas religiosas hindus.

Os presentes que Vasco da Gama ofereceu ao Samorim de Calecute foram considerados inadequados e de baixo valor. O Samorim rejeitou os presentes, que incluíam tecidos, chapéus e objetos de latão, considerando-os inferiores comparados aos produtos de luxo que eram comuns no comércio da Índia, como ouro e marfim.

Durante a viagem, em Melinde, Vasco da Gama encontrou Ahmad Ibn Majid, um navegador árabe altamente experiente, que ajudou a guiar a frota portuguesa através do Oceano Índico até Calecute. A assistência de Ibn Majid foi crucial para o sucesso da expedição.

A chegada dos portugueses teve um impacto significativo nas comunidades locais da Índia. A introdução de práticas comerciais europeias e a eventual colonização mudaram drasticamente a dinâmica de poder e comércio na região. Este evento marcou o início de uma presença europeia duradoura na Índia, que influenciaria a política, a economia e a cultura locais por séculos​.

O Contexto Histórico

Nos finais do século XV, Portugal estava na vanguarda das explorações marítimas. Sob o patrocínio do Infante Dom Henrique, os navegadores portugueses exploraram a costa africana em busca de novas rotas comerciais e territórios. A sua visão era encontrar uma rota marítima direta para a Índia, conhecida pelas suas riquezas, especialmente em especiarias como a pimenta, a canela e o cravo.

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Em 1488, Bartolomeu Dias atingiu o extremo sul da África, dobrando o Cabo da Boa Esperança e provando que era possível navegar até ao Oceano Índico. Este sucesso pavimentou o caminho para a expedição de Vasco da Gama, que seria a primeira a ligar diretamente a Europa e a Índia por mar.
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Preparativos para a Viagem

A missão de Vasco da Gama foi cuidadosamente planeada. A frota era composta por quatro navios: São Gabriel, comandado pelo próprio Vasco da Gama; São Rafael, comandado pelo seu irmão Paulo da Gama; o Berrio, comandado por Nicolau Coelho; e um navio de mantimentos. As embarcações eram robustas, construídas para suportar as duras condições do mar aberto e equipadas com artilharia para defesa.
A tripulação incluía cerca de 170 homens, entre marinheiros, soldados e especialistas em navegação. A bordo, levavam mantimentos, presentes para os governantes que encontrariam pelo caminho e um astrolábio, uma ferramenta crucial para a navegação.
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A Viagem de Vasco da Gama

A frota partiu de Lisboa a 8 de julho de 1497. A primeira etapa da viagem levou-os até às Ilhas Canárias e depois a Cabo Verde. A partir daí, seguiram uma rota para sudoeste, afastando-se da costa africana para evitar as calmarias do Golfo da Guiné e aproveitando os ventos favoráveis do Atlântico Sul.

​Em novembro de 1497, a frota dobrou o Cabo da Boa Esperança, entrando no Oceano Índico. Navegaram ao longo da costa leste africana, fazendo paragens estratégicas em locais como Moçambique e Mombaça. Em Melinde, na atual Quénia, Vasco da Gama encontrou um piloto árabe que conhecia as rotas até à Índia e que se juntou à expedição.


A Chegada a Calecute

A 20 de maio de 1498, a frota chegou finalmente a Calecute (atualmente Kozhikode), na costa sudoeste da Índia. Vasco da Gama foi recebido pelo Samorim, o governante local. Apesar das dificuldades iniciais de comunicação e desconfiança mútua, Vasco da Gama conseguiu estabelecer uma base inicial para o comércio.
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O primeiro homem a descer a terra foi João Nunes, um degredado. O costume era, ao chegar a terras desconhecidas, enviar primeiro degredados para avaliar a hostilidade dos locais antes do desembarque da restante tripulação.
 O desembarque histórico de João Nunes ocorreu numa linda praia junto a Calecut, Kappad, que visitamos na nossa Expedição ao Sul da Índia.

Uma delegação de portugueses desembarcou e  foram conduzidos por terra até à cidade de Calicut, num percurso ao longo do qual se juntou uma enorme multidão curiosa e festiva para ver os estrangeiros: “a gente era tanta, que nos vinha a ver, que não tinha conto; e assim como as mulheres saíam das casas, com os filhos nos braços, assim se iam depois de nós”.

Vasco da Gama só foi recebido pelo rei local ao fim de alguns dias e permaneceu 3 meses em Calecute. desenvolvendo esforços diplomáticos significativos. A chegada dos portugueses não foi isenta de problemas. Os mercadores árabes, que dominavam o comércio de especiarias na região, viram nos recém-chegados uma ameaça aos seus interesses. As negociações foram tensas e complicadas, mas Vasco da Gama conseguiu assegurar uma pequena carga de especiarias e a permissão para deixar uma feitoria em Calecute.
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O Retorno a Portugal

O regresso a Portugal foi uma jornada árdua. Partiram de Calecute em agosto de 1498 e enfrentaram tempestades, doenças e a escassez de provisões. Muitos membros da tripulação morreram de escorbuto e outras doenças. Apenas dois dos quatro navios originais, o São Gabriel e o Berrio, conseguiram completar a viagem de regresso.

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Em setembro de 1499, Vasco da Gama foi recebido como um herói em Lisboa. A notícia do sucesso da expedição espalhou-se rapidamente, e Portugal emergiu como uma potência dominante no comércio de especiarias, estabelecendo uma rota marítima direta que evitava o controle árabe e veneziano no Mediterrâneo.

Impacto Global

A chegada de Vasco da Gama à Índia teve repercussões profundas e duradouras. Para Portugal, foi o início de um império marítimo que se estenderia por várias partes do mundo, incluindo o Brasil, a África e a Ásia. Os lucros provenientes do comércio de especiarias enriqueceram a coroa portuguesa e financiaram futuras expedições.
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Para a Índia e outras regiões da Ásia, a chegada dos europeus marcou o início de uma nova era de interações comerciais e culturais, mas também de conflitos e colonização. Os portugueses estabeleceram várias feitorias e fortes ao longo da costa indiana e em outros pontos estratégicos, como Goa, que se tornou um importante centro administrativo e comercial.
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​Legado de Vasco da Gama

Vasco da Gama é lembrado como um dos maiores navegadores da Era dos Descobrimentos. A sua viagem demonstrou a viabilidade das rotas marítimas entre a Europa e a Ásia, transformando o comércio global. No entanto, a sua chegada à Índia também deu início a um período de colonização e exploração que teria consequências complexas para as culturas e sociedades envolvidas.
Os relatos da viagem de Vasco da Gama inspiraram outros exploradores e consolidaram a posição de Portugal como líder na exploração marítima durante o século XVI. A sua influência pode ser vista em inúmeros aspectos da história, desde a cartografia até às relações diplomáticas e comerciais entre o Oriente e o Ocidente.

próxima expedição à índia


cronologia da viagem de vasco da gama

A chegada de Vasco da Gama à Índia foi um marco histórico que resultou de uma série de eventos e etapas importantes na sua viagem. Abaixo está a cronologia detalhada dos principais acontecimentos:
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1. Partida de Lisboa: 8 de julho de 1497
Vasco da Gama parte de Lisboa com uma frota de quatro navios: São Gabriel, São Rafael, o Berrio e um navio de mantimentos.
2. Escalas na África Ocidental e Atlântico Sul: Julho a Novembro de 1497
A frota faz escalas nas Ilhas Canárias e Cabo Verde. Segue depois uma rota oeste-sudoeste para evitar as calmarias do Golfo da Guiné e aproveitar os ventos favoráveis do Atlântico Sul.
3. Dobragem do Cabo da Boa Esperança: 7 de Novembro de 1497
A frota chega ao Porto de Santa Helena, a 200 km ao norte do Cabo da Boa Esperança. Dois dias depois, dobram o Cabo da Boa Esperança e seguem em direção ao Oceano Índico.
4. Navegação pela Costa Oriental Africana: Março de 1498
A frota alcança Moçambique, mas é mal recebida pelo sultão local. Continuam para Mombaça e depois para Melinde, onde encontram um navegador árabe experiente, Ahmad Ibn Majid, que os guia até à Índia.
5. Travessia do Oceano Índico: Abril de 1498
Com a ajuda de Ahmad Ibn Majid, a frota cruza o Oceano Índico em 27 dias, aproveitando os ventos favoráveis das monções​.
6. Chegada a Calecute: 20 de Maio de 1498
Vasco da Gama chega a Calecute (Kozhikode), na costa sudoeste da Índia. É recebido pelo Samorim, mas as negociações iniciais são tensas devido à desconfiança e à inadequação dos presentes oferecidos pelos portugueses​.

o que sabemos sobre os companheiros de viagem de vasco da gama

A primeira viagem de Vasco da Gama à Índia foi uma empreitada monumental que envolveu vários navegadores, soldados e especialistas. A seguir, estão os detalhes sobre alguns dos principais membros da expedição e os seus destinos após a viagem.
  • Paulo da Gama
Paulo da Gama era irmão de Vasco da Gama e comandou a nau São Rafael durante a expedição.
Paulo desempenhou um papel crucial na navegação e na tomada de decisões estratégicas. Infelizmente, Paulo da Gama adoeceu gravemente durante a viagem de regresso e faleceu em julho de 1499 nas Ilhas dos Açores, antes de chegar a Lisboa.
  • Nicolau Coelho
Nicolau Coelho comandou a caravela Berrio. Ele já tinha experiência em navegação e desempenhou um papel essencial na comunicação entre as embarcações da frota. Coelho foi um dos primeiros a retornar a Lisboa, onde trouxe as notícias do sucesso da expedição. Continuou a servir em outras expedições portuguesas e participou na segunda viagem de Vasco da Gama à Índia em 1502.
  • Pêro de Alenquer
Pêro de Alenquer era um piloto experiente, conhecido por ter acompanhado Bartolomeu Dias na sua viagem para dobrar o Cabo da Boa Esperança (1488). Na expedição de Vasco da Gama, ele serviu como piloto principal. A sua experiência e conhecimento das águas africanas foram vitais para a navegação segura da frota. Pêro de Alenquer continuou a servir a coroa portuguesa em várias outras expedições até a sua morte, cujos detalhes não são amplamente documentados.
  • Pêro Escobar
Pêro Escobar era outro piloto experiente, que já havia explorado a costa africana antes de se juntar à frota de Vasco da Gama. A sua habilidade na navegação foi crucial para o sucesso da expedição. Continuou a explorar para Portugal, incluindo a costa ocidental africana e partes do Brasil, onde serviu até à sua morte​.
  • Gonçalo Nunes
Gonçalo Nunes era criado da confiança de Vasco da Gama e capitaneou uma Nau de Mantimentos que não chegou à Índia e foi queimada pelos próprios portugueses ao largo da costa africana.  
  • ​João de Sá
Era escrivão, militar, navegador português e tesoureiro das especiarias da Casa da Índia. Participou na primeira viagem marítima da Europa para a Índia com Vasco da Gama e na segunda expedição para a Índia e descoberta do Brasil com Pedro Álvares Cabral. Para alguns historiadores é ele o autor anónimo da crónica da viagem. Posteriormente, foi para Marrocos, inicialmente em Safim, onde serviu sob o governador Nuno Fernandes de Ataíde, cunhado de Vasco da Gama, e mais tarde na fortaleza de Santa Cruz do Cabo de Gué, em Agadir. De origem humilde, utilizou as oportunidades dos descobrimentos para ascender socialmente, sendo elevado à condição de cavaleiro da Casa Real e casando a sua filha com Lopo Vaz de Sampaio, futuro governador da Índia. Esteve entre os doze homens que acompanharam Vasco da Gama a Calecute a 20 de maio de 1498, na visita ao Samorim.
  • Álvaro Velho
Nasceu no Barreiro e foi soldado e marinheiro. Para alguns historiadores é ele, e não João de Sá,  o autor anónimo da crónica da viagem. Depois da travessia não regressou à Índia e terá vivido mais 8 anos, em África na Guiné. 
  • João Nunes
Cristão Novo, degredado (condenado ao exílio), foi ele de facto o primeiro português a chegar à Índia, o primeiro a descer a terra no dia seguinte à chegada. Foi escolhido porque falava árabe. Foi bem recebido pelos locais e quando lhe perguntaram ao que vinha respondeu a célebre frase: «Vimos buscar cristãos e especiaria». 
  • Amade Ibn Majid
Nascido no Médio Oriente, foi um grande navegador árabe, também autor de várias obras de Navegação e(e de poesia!). O trabalho de Amade foi crucial para que os Portugueses, que desconheciam o oceano índico o atravessassem em apenas 27 dias. Seja pessoalmente, ou pelos seus livros (é uma discussão contemporânea)  forneceu aos portugueses conhecimento crucial sobre as rotas marítimas e as condições de navegação no Oceano Índico. Era um mestre na utilização das estrelas para navegação e a sua habilidade em interpretar as posições celestiais permitia-lhe navegar com precisão durante a noite​. Desenvolveu mapas detalhados e precisos das rotas marítimas no Oceano Índico, que foram utilizados por navegadores árabes e posteriormente pelos europeus​. As suas obras continuaram a influenciar navegadores e exploradores durante séculos, e ele é frequentemente lembrado como "O Leão do Mar" devido à sua destreza e conhecimento vasto sobre os Oceanos.
  • Gaspar da Gama
Um misterioso personagem que Vasco da Gama aprisiona na Índia e traz de volta para a Europa. Gaspar da Gama era um judeu, de origem polaca, que cresceu no egipto e viajou por todo o oriente e que por isso  que falava várias línguas europeias e do oriente. O seu nome original é desconhecido mas a proteção de Gama confere-lhe um novo apelido. Passa a integrar várias expedições dos portugueses à índia, incluindo a de Pedro Alvares Cabral em que se torna um dos primeiros europeus no Brasil. acompanha Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque. Apesar de todas as batalhas tem uma vida longa e torna-se uma testemunha viva de alguns dos momentos mais épicos dos descobrimentos portugueses. Quando viajava vestia-se sempre com vestes de linho branco. ​
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UMA FROTA DE 4 NAUS APENAS

As Naus São Gabriel e São Rafael (27 metros de comprimento e 178 toneladas), foram construídas especialmente para esta viagem. A São Gabriel era comandada pelo próprio Vasco da Gama e a São Rafael pelo seu irmão Paulo da Gama. No regresso, com a tripulação diminuída, a Nau São Rafael foi abatida em Melinde. A frota era composta ainda pela Bérrio, uma nau ligeiramente menor sob o comando de Nicolau Coelho, e  pela Nau São Miguel, uma nau para transporte de mantimentos, sob o comando de Gonçalo Nunes, que viria a ser queimada na ida, na costa oriental africana.
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os principais reinos na Índia de GAMA

​Em 1498, quando Vasco da Gama chegou à Índia, o subcontinente indiano era composto por diversos reinos e sultanatos poderosos. Aqui estão alguns dos principais reinos na Índia naquela época:
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1. Sultanato de Deli
  • Capital: Deli
  • Governante: Sikandar Lodi (1489-1517)
  • Características: O Sultanato de Deli era um dos reinos mais poderosos no norte da Índia. Sob o governo de Sikandar Lodi, o sultanato expandiu seus territórios e fortaleceu a administração central. Deli era um importante centro político e cultural.
2. Sultanato de Guzerate
  • Capital: Ahmedabad
  • Governante: Mahmud Begada (1458-1511)
  • Características: Guzerate era um centro comercial crucial na costa ocidental da Índia, com importantes portos como Cambay. O sultanato era conhecido pela sua riqueza e pelo comércio de especiarias, algodão e pedras preciosas.
3. Sultanato de Bengala
  • Capital: Gaur
  • Governante: Alauddin Hussain Shah (1493-1519)
  • Características: Bengala era uma região rica e fértil no leste da Índia. Sob o governo de Alauddin Hussain Shah, o sultanato prosperou econmicamente e culturalmente, tornando-se um centro de aprendizado e comércio.
4. Reino de Vijayanagara
  • Capital: Vijayanagara (Hampi)
  • Governante: Narasimha Raya II (1491-1505)
  • Características: Vijayanagara era um dos maiores e mais poderosos reinos do sul da Índia. Conhecido por sua arquitetura grandiosa e forte administração, o reino era um centro de comércio e cultura. A cidade de Vijayanagara era uma das mais ricas e populosas do mundo na época.
5. Sultanato de Bijapur
  • Capital: Bijapur
  • Governante: Yusuf Adil Shah (1490-1510)
  • Características: Bijapur, localizada no Deccan, era um dos sultanatos mais influentes da região. Sob Yusuf Adil Shah, o sultanato expandiu seus territórios e tornou-se um importante centro de arte e cultura islâmica.
6. Sultanato de Malwa
  • Capital: Mandu
  • Governante: Nasir-ud-Din Shah (1500-1510)
  • Características: Malwa, no centro da Índia, era um sultanato próspero conhecido pela sua riqueza em agricultura e comércio. Mandu, a capital, era famosa por sua arquitetura e paisagem pitoresca.
7. Reino de Cochim
  • Capital: Cochim (Kochi)
  • Governante: Unni Goda Varma Tirumulpad
  • Características: Kochi era um dos principais reinos na costa sudoeste da Índia. Era um importante centro comercial, especialmente conhecido pelo comércio de especiarias. O reino de Kochi foi um dos primeiros a estabelecer relações amigáveis com os portugueses após a chegada de Vasco da Gama.
8. Reino de Calecute
  • Capital: Calecute (Kozhikode)
  • Governante: Samorim (Zamorin) de Calecute
  • Características: Calecute era um dos reinos mais importantes na costa sudoeste da Índia. O Samorim de Calecute controlava uma próspera rota comercial de especiarias e tinha relações comerciais estabelecidas com mercadores árabes, chineses e outros asiáticos. Foi aqui que Vasco da Gama desembarcou em 1498.

Reinos que Vasco da Gama Encontrou na Sua Viagem à Índia

A viagem de Vasco da Gama à Índia, iniciada em 1497, levou-o a interagir com vários reinos e sultanatos ao longo da costa africana e no subcontinente indiano. Estes encontros foram cruciais para o sucesso da expedição e para a subsequente expansão do império português:
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  1. Reino de Moçambique: Ao chegar a Moçambique, Vasco da Gama esperava encontrar uma base amigável para reabastecimento. No entanto, as relações foram tensas. Os presentes portugueses foram considerados de pouco valor, e a hostilidade resultou em conflitos menores. Os portugueses acabaram por deixar Moçambique e seguir para norte​
  2. Reino de Mombaça: Em Mombaça, a recepção foi igualmente hostil. Os mercadores árabes locais viam os portugueses como uma ameaça ao seu monopólio comercial. Houve troca de tiros e a frota portuguesa foi forçada a partir sem estabelecer relações comerciais significativas​
  3. Reino de Melinde: Em contraste com Mombaça, Melinde recebeu Vasco da Gama de forma amigável. O sultão de Melinde forneceu um piloto árabe experiente, Ahmad Ibn Majid, que guiou os portugueses através do Oceano Índico até à Índia. Este encontro foi crucial para o sucesso da expedição​ (Internet 
  4. Reino de Calecute: Calecute era um importante centro comercial no Oceano Índico, conhecido pelo comércio de especiarias. Vasco da Gama foi inicialmente bem recebido pelo Samorim, mas as tensões rapidamente aumentaram devido à inadequação dos presentes oferecidos pelos portugueses e à oposição dos mercadores muçulmanos locais. Apesar das dificuldades, Vasco da Gama conseguiu estabelecer uma base inicial para o comércio português​
  5. Reino de Cochim: Em viagens subsequentes, os portugueses estabeleceram relações mais sólidas com o Reino de Cochim, onde encontraram um aliado disposto a desafiar a hegemonia de Calecute. Cochim tornou-se um importante ponto de apoio para os portugueses na Índia​.

​Os encontros de Vasco da Gama com estes reinos foram marcados por um misto de hostilidade e cooperação. A habilidade dos portugueses em negociar, estabelecer alianças e superar desafios locais foi crucial para a fundação do império português no Oriente. Estes reinos, com suas complexas redes de comércio e política, desempenharam um papel significativo na moldagem das estratégias portuguesas de expansão.
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outros Factos Relevantes da História Mundial em 1498

Em 1498, Fernando de Aragão e Isabel de Castela continuavam a consolidar o seu poder na Espanha após a reconquista de Granada em 1492 e a expulsão dos judeus. Este período marcou a centralização do poder e a expansão do império espanhol​.

Leonardo da Vinci estava a trabalhar em Milão, na Itália, desenvolvendo várias obras-primas. Em 1498, concluiu "A Última Ceia", uma das pinturas mais famosas e icónicas da História da Arte.
Sob o sultão Bayezid II, o Império Otomano estava a expandir-se e a consolidar o seu poder. Em 1498, os otomanos continuavam a controlar vastos territórios que incluíam partes da Europa Oriental, Ásia Menor e o Oriente Médio.

O Império Mogol estava a emergir na Índia. Babur, o fundador do império, ainda não tinha invadido a Índia, mas estava a consolidar o seu poder na Ásia Central, preparando-se para futuras expansões.

​O Reino do Congo, na África Central, estava a florescer sob o reinado do Manikongo Nzinga a Nkuwu. Este reino manteve relações comerciais com os portugueses, que começaram a explorar a costa africana na década de 1480​. Também em África, o Império Songhai estava no auge do seu poder sob o governo de Askia Mohammad I. Este império era conhecido pela sua riqueza, baseada no comércio transaariano de ouro e sal​.
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Em 1498, Cristóvão Colombo estava na sua terceira viagem ao Novo Mundo. Durante esta expedição, descobriu a ilha de Trinidad e a foz do rio Orinoco na América do Sul, ampliando o conhecimento europeu sobre o continente americano​

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