Explorador, ambicioso, guerreiro, o Viajante Afonso de Albuquerque é um dos personagens principais na concretização dos Descobrimentos e com isso, da História de Portugal e do Mundo. Raramente encontramos tanta inteligência e coragem, ferocidade militar e habilidade diplomática aliadas num mesmo homem. Afonso Europeu foi o segundo europeu a fundar uma cidade fora da Europa, uma cidade que perdura até hoje: Goa. Antes dele o feito cabia a Alexandre o Grande, de quem era grande admirador. Afonso nasceu em Alhandra, e após um longo percurso militar no Norte de África, em apenas seis anos e com uma exercito limitado fundou Goa, conquistou Malaca, Ormuz, Muscat, estabeleceu a primeira embaixada portuguesa no reino do Sião (Tailândia), relações diplomáticas com a Etiópia, China, a Pérsia, Indonésia e tantos outros. Os seus barcos chegaram às ilhas Molucas e hoje pensa-se que até à Austrália. Tudo em 6 anos. Muitas vezes assumimos que o Império Português no Oriente foi construído ao longo dos Séculos. Mas não. foi sobretudo definido em apenas 6 anos e sob o comando de Afonso. Afonso de Albuquerque era Fidalgo, cresceu na Corte ao lado do Futuro rei D. João II, o "Príncipe Perfeito" de quem foi sempre amigo próximo. Quando D. Manuel I ascende ao torno envia Afonso à Índia. Nessa primeira Grande Viagem Afonso revela a sua visão de estado. Regressa não rico e carregado de mercadoria, mas com alianças firmadas e muitas batalhas militares ganhas Afonso de Albuquerque era um guerreiro violento e feroz e por isso muito temido. Mas a sua gestão Goa foi extremamente inteligente. Favoreceu os casamentos mistos, isentando do pagamento de impostos os homens casados, e oferecendo terras e outros privilégios aos novos casais. Nomeou Indianos para cargos de administração local e não interferiu nas tradições religiosas locais, proibindo apenas o "sati", a imolação das viúvas. Num contexto histórico em que na Europa nascia a Inquisição, séculos antes do nascimento do Humanismo e do fim da escravatura, as medidas implementadas por Afonso são incrivelmente avançadas para o seu tempo. É sobretudo devido a estas inteligentes políticas de inclusão que um punhado de europeus conseguiram construir uma cidade que prevaleceu por muitos séculos unindo Portugal à Índia e ao extremo oriente. Tais políticas humanistas, o seu temperamento militar atroz e um percurso de glórias inquestionáveis conquistaram-lhe o desconforto do Rei D. Manuel e a inveja de muitos na Corte Portuguesa. Afonso não teve em vida o reconhecimento merecido. Afonso morreu em batalha. Para ser mais exacto dos ferimentos durante a reconquista Ormuz aos Persas. Morreu o Vice-rei da Índia, Duque de Goa, Senhor do Mar Vermelho. A população em Goa afluiu em peso ao seu funeral: era visto como invencível e não acreditavam na sua morte. ler maisFOTOS DO NOSSO TREKKING NO DESERTO AS CASCATAS MAIS BELAS DA ISLÂNDIA O QUE PRECISAS SABER ANTES DE VIAJAR PARA A TAILÂNDIA O QUE VISITAR EM TÓQUIO (COM MAPA) vê os vídeos |
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