A Cláudia enviou-nos um artigo sobre as suas Aventuras nas Maldivas que partilhamos contigo no Blog dos Portugueses em Viagem: Um dia sonhei que viajava, e depois de analisar todo o meu percurso profissional e pessoal achei que havia algo pendente e, mal podia esperar para chegar ao outro lado do Mundo, então decidi ir até às Maldivas, viver no paraíso durante dois anos, conhecer pessoas incríveis e vencer medos que nem sabia que tinha. Durante ano e meio e sem o plano bem traçado preparei-me, tentei fazer mergulho (lamentavelmente sem sucesso devido a medos irracionais que não consegui superar), mas investi em aprender a fazer snorkeling e um pouco de “free diving”, por vezes em grupo e também sozinha. Nadei com tubarões de recife, tartarugas, polvos, peixe-palhaço, entre outros, mas a verdadeira conquista para uma menina que desde sempre teve medo do mar, foi nadar com Tubarão-Baleia. Tudo aconteceu na visita a Dhangethi, a capital do Atol Alif Dhaal, cerca de 90 quilómetros de Malé – Capital das Maldivas. É o lar de cerca de 1.000 habitantes, com cerca de 350 metros de largura e 925 metros de comprimento. Senti-me logo bem acolhida e em casa. De manhã bem cedo, depois de quase duas horas a navegar procurando sinais do Tubarão-Baleia, eu ainda não tinha a certeza de como iria sentir-me ao invadir o lar do tão falado dócil gigante do oceano. Tinha estudado a lição mas estar ali quase á distância de um toque, era algo que ainda não tinha bem assimilado. Finalmente foi avistada pelos guias do barco, uma fêmea, aparentemente sozinha, eles param o barco, e eu apressadamente componho as vestes e coloco os óculos e as barbatanas e acerco-me da beira do barco. “Depressa, depressa, ela vem aí” – gritou um dos guias gesticulando que eu deveria estar já pronta para entrar na água. Com algum receio eu hesito: “Mas se ela vem aí não sei se…” sem conseguir terminar a frase sinto uma mão nas costas a empurrar-me para o azul do oceano que se mexia com bravura. Foi nesse instante, aqueles segundos antes e ao sentir o meu corpo quente entrar na água fria que, o meu cérebro compreendeu a magia de viver. De olhos ainda fechados, eu sorri. O meu instinto comanda, lembro-me como respirar com o tubo metido na boca, agito energicamente as barbatanas, carrego no botão da minha máquina fotográfica e começo a filmar, abro os olhos a tempo de ver e sentir a colossal criatura nadar do meu lado. Tento acompanhar para filmar, atrás da câmara sinto-me segura e dou-me conta que não há nada a temer. A criatura parece contemplar-me e, eu imagino que ela sorri ao ver-me nadar desajeitada. Em paz deixo-me levar pela corrente acompanhando-a por breves instantes, o mundo para ao meu redor e o mar já não parece tão imenso e assustador. Voltámos a mergulhar mais duas vezes e avistámos mais dois Tubarões-Baleia que ao darem conta da nossa presença mergulharam para o fundo do mar, seguidos pelos verdadeiros mergulhadores com os seus tanques de oxigénio, nadaram rapidamente até eu os perder de vista, sortudos esses mergulhadores. Lembrarei sempre aquele primeiro avistamento e, o turbilhão de sentimentos que preencheram esse momento. Viajante: Cláudia Freitas Os Autores são os únicos responsáveis legais pela originalidade, direitos e veracidade dos textos e fotografias publicados. Tens histórias, fotografias e vídeos de viagem que gostarias de ver no Blog dos Portugueses em Viagem? Sabe mais AQUI LÊ MAISFOTOS DO NOSSO TREKKING NO DESERTO AS CASCATAS MAIS BELAS DA ISLÂNDIA O QUE PRECISAS SABER ANTES DE VIAJAR PARA A TAILÂNDIA O QUE VISITAR EM TÓQUIO (COM MAPA) VÊ OS VÍDEOS |
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