FOI A ÚNICA MULHER A COMANDAR UMA FROTA NOS DESCOBRIMENTOS, E NEM OS PORTUGUESES A CONHECEM7/6/2024
É uma das Histórias mais incríveis dos Descobrimentos que a esmagadora maioria dos Portugueses desconhece. Isabel Barreto, Galega, com pai Português, tomou o comandou da frota, após o assassinado do capitão, seu marido, num motim no Oceano Pacífico. Uma Aventura fascinante que podes ler no Blog dos Portugueses em Viagem. Isabel Barreto foi a primeira, e única, mulher a comandar uma frota na era das Grandes Navegações. Isabel nasceu na Galiza, Espanha, por volta de 1567, mas é frequentemente associada a Portugal devido ao seu pai. Portugal e Espanha na altura destes factos estavam unificados sob o domínio dos Filipes. Em 1595 Isabel Barreto partiu com o seu marido numa expedição para colonizar as Ilhas Salomão, no Pacífico. Álvaro de Mendaña liderava a frota, mas após a sua morte, devido a uma doença e a um motim que resultou na morte de muitos membros da tripulação, Isabel assumiu o comando da nau "San Gerónimo". A situação a bordo era tensa e a tripulação estava à beira da revolta, mas Isabel, com coragem e determinação, conseguiu restabelecer a ordem. Sob o seu comando, e com a liderança do Navegador Português Pedro Fernandes de Queirós a expedição continuou a sua viagem atribulada, navegando pelo Pacífico até chegar às Filipinas. A viagem foi marcada por dificuldades extremas, incluindo falta de alimentos e água, mas Isabel demonstrou uma notável capacidade de liderança e resistência. Isabel ficou na história não só pela sua liderança num contexto adverso, mas também por desafiar as normas sociais da época. No século XVI, era extremamente raro uma mulher ocupar uma posição de comando em expedições marítimas, especialmente em situações tão perigosas e desafiadoras. A sua determinação e habilidades de liderança são ainda hoje admiráveis. Após a expedição, Isabel Barreto casou-se novamente e estabeleceu-se no Peru, onde viveu até a sua morte. A sua história é um testemunho da coragem e resiliência, destacando a importância das mulheres na era das grandes navegações, muitas vezes subestimada ou ignorada pela historiografia tradicional. |
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