Ontem descobri que os mineiros nas minas de Enxofre na Sicília, no passado, trabalhavam nus. Pensei que fosse um detalhe castiço local. Mas por um cliente que me acompanhou nessa visita, e que por coincidência tem um familiar mineiro, descobri que minar sem qualquer roupa era uma prática comum também em Portugal. Fui procurar online: "porque as feridas provocadas pelo pó do carvão e pelos pequenos desprendimentos não consentiam qualquer roupa." Ontem descobri que os mineiros nas minas de Enxofre na Sicília, no passado, trabalhavam nus. Pensei que fosse um detalhe castiço local. Mas por um cliente que me acompanhou nessa visita, e que por cuincidência tem um familiar mineiro, descobri que minar sem qualquer roupa era uma prática comum também em Portugal. Fui procurar online: "porque as feridas provocadas pelo pó do carvão e pelos pequenos desprendimentos não consentiam qualquer roupa." Hoje durante uma longa viagem de barco fui lendo sobre as condições de trabalho nas minas da Sicília e em Portugal. Relembrei Potosi (que visitei em 2009 na Bolívia ) e cheguei até aos mineiros de Chernobil. A exploração (até à morte) do homem simples, mesmo quando ilusoriamente consentida, repete-se em todas elas. Mas há mais de dez anos atrás, em Potosi, fiquei encadeado pelo enriquecimento colonial com a Prata. Não vi assim tanto além das datas e dos locais. O sofrimento tinha data, morada, nacionalidade e um contexto histórico. Foi preciso crescer mais estes 12 anos, foi preciso vir à Sicília, para fazer uma leitura mais profunda e vasta sobre o Trabalho, sem me deixar entreter pelos detalhes do local, do minério ou da nacionalidade. A verdade é que uns países ensinam-nos sobre os outros. Quando viajas por muitos torna-se natural ver além dos detalhes. Ver além das datas e do codigo-postal da injustiça. Um Povo que Viaja é essencial para que as Sociedades sejam Livres, Conscientes e Democráticas. Não é casual que a primeira vítima de todos os regimes autoritários seja sempre o Passaporte. Não é casual que um dos símbolos da Propaganda Fascista foi sempre o "fica no teu país perfeito e seguro". Não fiques. Se queres conhecer, compreender, e até melhorar Portugal, faz a mochila e trata de viajar pelo Mundo. Nunca o Mundo precisou tanto de nós Viajantes. LER MAIS
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