A Pandemia COVID-19 ditou o regresso a casa de muitos viajantes nacionais. O João foi um deles e escreveu este texto brilhante. Aeroporto, Metro, Oriente e Autocarro para casa tudo muito tranquilo. Nas lojas da Gare do Oriente encontrei tudo o que precisava e tinha receio de me faltar nestes 2 ou 3 primeiros dias. Sem pânico tudo funciona melhor. A cidade está, como vocês me contavam, muito triste e vazia. Mas continua civilizada e funcional. Isso é muito importante. Os que têm a "sorte" de continuar a trabalhar estavam bem dispostos: fui bem atendido. Paradoxalmente penso que o pior nestas crises de espera é não ter o trabalho, não ter uma missão, perder o sentido dos dias. Isso danifica psicologicamente. Mas os que continuam a manter o país a funcionar, esses pareceram mais bem que muita gente fechada em casa a atacar o mundo nas redes sociais. Com uma missão em mãos os que continuam a trabalhar não se sentem impotentes ou a aproximação do desespero. Aprendi isso quando viajei na Síria durante a guerra ou quando tive o Ebola a 200km da porta de casa. Os sentimentos de que tantos amigos me falam eu já os tive todos. Aprendi que é a trabalhar à séria que se vence o medo, o desespero, a ansiedade. A trabalhar vence-se até a derrota. E como também eu vou me isolar os próximos dias o plano é simples: Trabalhar Muito. Temos um país e um mundo que se precisa pôr de pé daqui a uns meses e estes dias são preciosos. Há muito trabalho a fazer. O desafio não é como te entreteres em casa ou ver quem lê mais notícias falsas do fdp do vírus. O único Desafio é: o que é que vais construir nestes inesperados dias da tua vida. O que quer que seja só pode ser Extraordinário. Nunca Portugal precisou tanto de nós. Vamos a isto. Pelos Portugueses em Viagem, João Oliveira |
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