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O PADRE QUE MAGALHÃES CONDENOU À MORTE NA PATAGÓNIA

15/11/2024

 
Durante a primeira viagem de circum-navegação da história, liderada pelo navegador português Fernão de Magalhães, um dos momentos mais tensos e dramáticos da expedição ocorreu em abril de 1520, na região da Patagónia. Ao longo desta travessia pelo desconhecido, Magalhães enfrentou motins e disputas internas que quase comprometeram a missão. Um dos episódios mais marcantes foi a condenação do padre espanhol Pedro Sánchez de la Reina, juntamente com Juan de Cartagena, a serem abandonados numa ilha deserta, uma decisão extrema que refletia as circunstâncias de sobrevivência e disciplina impostas pela liderança de Magalhães. Sabe mais no Blog dos Portugueses em Viagem
Fotografia

O Contexto da Expedição e os Primeiros Conflito

A expedição de Magalhães, financiada pela coroa espanhola, tinha como objetivo encontrar uma rota ocidental para as "Ilhas das Especiarias" (as atuais Molucas, na Indonésia), cujo comércio era extremamente valioso. No entanto, a liderança de Magalhães enfrentava resistência dos oficiais espanhóis desde o início da jornada. Considerado um "estrangeiro" por muitos membros da tripulação espanhola, Magalhães era constantemente questionado e criticado, o que culminou em tensões que agravaram à medida que os navios enfrentavam condições adversas e a incerteza de uma viagem sem garantias de sucesso.
​Quando a frota chegou ao porto de São Julião, na Patagónia, em março de 1520, Magalhães decidiu fazer uma pausa para enfrentar o inverno rigoroso e reorganizar a expedição. Foi nesse momento de espera que as tensões latentes se manifestaram num motim aberto, liderado por Juan de Cartagena, capitão do navio San Antonio, e apoiado por outros oficiais, entre eles Gaspar de Quesada, capitão do Concepción, e o padre Pedro Sánchez de la Reina.

O Papel do Padre Pedro Sánchez de la Reina

O padre Pedro Sánchez de la Reina era o capelão da expedição e desempenhava uma função espiritual entre os tripulantes, além de ter acesso privilegiado aos líderes e influenciar a tripulação. Durante o motim, Sánchez de la Reina não apenas apoiou Cartagena, como também questionou a autoridade de Magalhães, expressando descontentamento com o rumo e as decisões do comandante.
Embora os relatos sobre o envolvimento específico do padre variem, é claro que a sua influência espiritual e apoio à rebelião contribuíram para minar a autoridade de Magalhães. A posição do padre dava-lhe o poder de mobilizar parte da tripulação, e a sua oposição representava uma ameaça direta à liderança de Magalhães, num contexto em que qualquer insubordinação poderia pôr em risco toda a expedição.

A Resposta de Magalhães ao Motim

Para Magalhães, a resposta ao motim era uma questão de sobrevivência e manutenção do comando. Qualquer desafio à sua autoridade comprometeria a missão e, no limite, colocaria em risco as vidas de todos os homens. Após suprimir o motim com apoio leal, Magalhães tomou uma decisão firme: Gaspar de Quesada foi condenado à morte e executado por decapitação, enquanto Juan de Cartagena e o padre Sánchez de la Reina receberam uma sentença incomum e severa — o abandono numa ilha deserta na costa patagónica.
A decisão de abandonar Cartagena e o padre era simbólica e estratégica. Ao invés de uma execução pública, que poderia levantar questões éticas e religiosas, Magalhães optou por uma pena que simbolizava a gravidade da insubordinação. Além disso, abandoná-los numa ilha desabitada era uma solução prática que evitava mais confrontos e eliminava o risco de futuras conspirações.

​As Motivações de Magalhães

A decisão de Magalhães em condenar o padre e o capitão a uma morte lenta na solidão da Patagónia reflete um líder disposto a tomar medidas extremas para garantir o cumprimento da missão. Os motivos de Magalhães podem ser compreendidos dentro do contexto de uma expedição inédita e incerta. Primeiro, a necessidade de manter a autoridade absoluta e a unidade entre os tripulantes. A missão dependia de uma liderança incontestável, e a tolerância à insubordinação teria sido interpretada como fraqueza.
Magalhães sabia que estava em território desconhecido, enfrentando condições perigosas e imprevisíveis. A disciplina e o controle sobre a tripulação eram fundamentais para a sobrevivência de todos, e qualquer tentativa de rebelião deveria ser eliminada com firmeza. O próprio Magalhães estava ciente do peso de sua posição como comandante de uma expedição financiada por Espanha, mas representando também os interesses de Portugal, o que lhe exigia uma postura rigorosa.

A Tragédia na Ilha: O Fim de Cartagena e Sánchez de la Reina

Após a condenação, Cartagena e Sánchez de la Reina foram abandonados numa ilha deserta, sem provisões suficientes para sobreviver. Os relatos sobre o destino final dos dois homens são escassos, mas presume-se que tenham perecido devido à fome, ao frio e ao isolamento. A decisão de Magalhães foi uma sentença de morte silenciosa, deixando-os à mercê das condições adversas e, simbolicamente, eliminando qualquer possibilidade de retorno ou ameaça futura à sua liderança.

O Preço da Autoridade

Este episódio na Patagónia reflete o desafio das grandes explorações e os limites da autoridade. Magalhães, ao condenar o padre e Juan de Cartagena, demonstrou um compromisso extremo com o sucesso da missão, mesmo que isso implicasse decisões drásticas e, para muitos, cruéis. A história de Pedro Sánchez de la Reina e de como ele encontrou o seu fim numa ilha da Patagónia é um lembrete das duras realidades das expedições marítimas da época, onde o sucesso era obtido a um preço elevado, e a sobrevivência de todos, muitas vezes, dependia da determinação do seu líder.

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