O QUE SIGNIFICAM AS DIFERENTES CORES DAS AURORAS BOREAIS

11/6/2024

As auroras boreais, ou luzes do norte, são um dos fenómenos naturais mais fascinantes e deslumbrantes do planeta. A variedade de cores que exibem resulta de complexas interações entre partículas solares e a atmosfera terrestre. Neste artigo no Blog dos Portugueses em Viagem explicamos o que significam as diferentes cores das auroras boreais para que possas compreender melhor este espetáculo natural.

As auroras são causadas pelo impacto de partículas carregadas, provenientes do vento solar, com a atmosfera da Terra. Estas partículas excitam os átomos e moléculas na atmosfera, fazendo-os emitir luz. A cor da aurora depende do tipo de átomo ou molécula excitada e da altitude a que isso acontece.

Verde: O verde é a cor mais comum nas auroras boreais e resulta da colisão de partículas solares com átomos de oxigénio situados a altitudes entre 100 e 300 quilómetros. Quando os átomos de oxigénio são excitados, eles emitem luz verde ao regressar ao seu estado normal. Esta cor é particularmente predominante devido à maior concentração de oxigénio nessa faixa de altitude.
Vermelho: o vermelho pode aparecer na parte superior das auroras e é produzido também por átomos de oxigénio, mas a altitudes muito mais elevadas, acima de 300 quilómetros. Em altitudes tão altas, o oxigénio tem mais tempo para regressar ao seu estado normal, emitindo luz vermelha no processo. A cor vermelha é menos comum e frequentemente mais difusa do que a verde.
Roxo e violeta: estas cores são originadas pela interação de partículas solares com moléculas de azoto. O roxo e o violeta surgem normalmente nas bordas das auroras e a altitudes mais baixas, até cerca de 100 quilómetros. As moléculas de azoto, quando excitadas, emitem luzes em diferentes tons de azul, roxo e violeta. Esta gama de cores é menos visível a olho nu, mas pode ser capturada em fotografias.
Azul: o azul é uma cor rara nas auroras boreais e ocorre também devido às moléculas de azoto. As auroras azuis são mais frequentemente observadas em altitudes mais baixas e podem indicar uma forte atividade geomagnética. A emissão de luz azul ocorre quando as moléculas de azoto são ionizadas e depois desionizadas, emitindo essa cor específica.

A variação de cores das auroras boreais é um fenómeno que resulta de uma combinação de fatores, incluindo a altitude das partículas excitadas, o tipo de gases presentes na atmosfera e a intensidade da atividade solar. Estes processos são complexos e interligados, resultando nas espetaculares exibições de luzes que podemos observar nas regiões polares.

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