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OS GRANDES EXPLORADORES PORTUGUESES DO CONTINENTE AFRICANO

25/7/2024

 
Ao longo da história, os exploradores portugueses desempenharam um papel crucial na descoberta e na cartografia do mundo, particularmente em África. Embora sejam mais conhecidos pelas suas expedições marítimas, muitos exploradores portugueses também se aventuraram pelo interior do continente africano. No Blog dos Portugueses em Viagem vamos explorar a vida e as contribuições de alguns desses grandes exploradores terrestres que desbravaram o desconhecido e deixaram um legado duradouro.
Fotografia
Os exploradores terrestres portugueses desempenharam um papel vital na expansão do conhecimento europeu sobre a África. As suas viagens e relatos forneceram informações valiosas sobre a geografia, a fauna, a flora e as culturas africanas. As suas explorações ajudaram a estabelecer relações diplomáticas e comerciais, pavimentando o caminho para futuras interações entre a Europa e África. Contribuíram significativamente para a cartografia do continente africano, ajudando a criar mapas mais precisos e detalhados. A sua coragem e determinação continuam a ser uma fonte de inspiração, lembrando-nos da importância da exploração e do desejo humano de descobrir o desconhecido.
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Diogo Cão (1452-1486)

Diogo Cão foi um dos primeiros exploradores portugueses a aventurar-se pelo interior da África. Em 1482, ele liderou uma expedição ao longo da costa ocidental do continente, chegando ao rio Congo (Zaire). A sua descoberta foi crucial, pois abriu o caminho para futuras explorações e estabeleceu relações comerciais com os povos locais. Cão erigiu padrões de pedra para marcar os territórios explorados, simbolizando a presença portuguesa.

Diogo Cão partiu de Lisboa em 1482, durante o reinado de D. João II, com a missão de explorar a costa africana a sul do equador. Navegou ao longo da costa oeste da África, eventualmente alcançando a foz do Rio Congo, conhecido então como Zaire. Aqui, Cão erigiu um padrão (um marco de pedra com o escudo de Portugal) no local que é atualmente a província de Soyo, em Angola. Este padrão, conhecido como padrão de São Jorge, simbolizava a reivindicação da região para o Reino de Portugal. Diogo subiu então o Rio Congo até cerca de 150 km, onde estabeleceu contacto com os povos locais. Este encontro foi significativo, pois foi a primeira vez que europeus interagiram diretamente com as sociedades da África Central. Após explorar o Rio Congo, Cão continuou a navegar para sul ao longo da costa, erigindo mais padrões em lugares estratégicos, antes de retornar a Portugal.
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Em 1485, Diogo Cão partiu novamente de Lisboa, continuando a sua exploração da costa ocidental africana. Desta vez, ele navegou ainda mais para sul. explorando a costa da atual Namíbia, chegando a locais como o Cabo Cross, onde erigiu outro padrão, conhecido como padrão do Cabo Cross. Esta área é conhecida pelas suas colónias de focas e tornou-se um ponto importante de referência para futuros navegadores.
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Pêro da Covilhã (c. 1450-1530)

Pêro da Covilhã, nascido por volta de 1450 em Covilhã, Portugal, foi um espião, diplomata e explorador português cujas viagens secretas ajudaram a expandir o conhecimento europeu sobre o Oriente. Enviado pelo rei D. João II no final do século XV, Covilhã recebeu a missão de explorar rotas comerciais e obter informações sobre o lendário Reino do Preste João. Disfarçado como mercador, ele viajou pelo Médio Oriente, visitando lugares como Alexandria, Cairo, Aden, e chegando até à Índia, onde recolheu valiosas informações sobre as rotas das especiarias e a geografia local. A sua habilidade em se adaptar às culturas locais e a sua destreza em recolher informações fizeram dele uma figura crucial na preparação das futuras expedições portuguesas ao Oriente.

Após concluir parte da sua missão, Pêro da Covilhã dirigiu-se à Etiópia, onde estabeleceu contato com o imperador etíope. No entanto, devido a circunstâncias políticas e a sua lealdade à missão, ele permaneceu na Etiópia até o final da sua vida, enviando relatórios detalhados sobre suas descobertas para Portugal. As suas cartas, repletas de descrições sobre a geografia, a política e o comércio das regiões que visitou, forneceram dados essenciais que influenciaram as expedições subsequentes, incluindo a viagem de Vasco da Gama à Índia. Pêro da Covilhã é lembrado como um dos grandes exploradores portugueses cuja vida e trabalho contribuíram significativamente para o sucesso dos Descobrimentos Portugueses.

Duarte Lopes (século XVI)

Duarte Lopes foi um explorador, comerciante e diplomata português do século XVI, conhecido principalmente por suas viagens e estudos no Reino do Congo. Enviado como embaixador pelo rei D. Sebastião de Portugal, Lopes chegou ao Congo em 1578. A sua missão era estabelecer relações diplomáticas e comerciais com o reino africano. Durante a sua estada, Lopes documentou minuciosamente a geografia, a cultura e a política do Congo, proporcionando uma das primeiras descrições detalhadas da região feitas por um europeu. O seu trabalho lançou luz sobre a complexidade e a riqueza das civilizações africanas, desafiando muitas das concepções europeias da época sobre a África.

Duarte Lopes retornou a Portugal em 1584, levando consigo um relato detalhado das suas observações, que foi posteriormente compilado pelo escritor italiano Filippo Pigafetta no livro "Relazioni del Reame di Congo". Este livro, publicado em 1591, tornou-se uma fonte crucial de informação sobre a África Central para os europeus. As descrições de Lopes sobre a fauna, flora, e as estruturas sociais e políticas do Reino do Congo ajudaram a aumentar a compreensão europeia sobre a região e a estabelecer bases para futuras interações comerciais e diplomáticas. A sua contribuição para a cartografia e a etnografia da África Central destaca-se como um marco significativo na história das explorações portuguesas.​
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Francisco Álvares (1465-1540)

Francisco Álvares, nascido por volta de 1465, foi um missionário e explorador português cuja obra se destaca por suas detalhadas descrições da Etiópia no início do século XVI. Enviado pelo rei D. Manuel I em 1515, Álvares fazia parte de uma embaixada portuguesa com o objetivo de estabelecer laços diplomáticos e religiosos com o imperador etíope, conhecido na Europa como Preste João. A missão era fortalecer alianças contra o expansionismo otomano e explorar oportunidades de cooperação entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Etíope. Francisco Álvares permaneceu na Etiópia por seis anos, durante os quais ele documentou minuciosamente os costumes, as tradições religiosas, a geografia e a política da região.

O resultado das suas observações foi compilado na obra "Verdadeira Informação das Terras do Preste João das Índias", publicada em 1540. Este livro é uma das primeiras descrições detalhadas da Etiópia por um europeu e forneceu ao mundo ocidental informações valiosas sobre uma terra até então envolta em mistério. Álvares descreveu a arquitetura das igrejas escavadas na rocha, a corte imperial e os desafios enfrentados pela missão portuguesa. As suas narrativas não só enriqueceram o conhecimento europeu sobre a África Oriental como também promoveram o diálogo intercultural e religioso. Francisco Álvares é lembrado como um dos grandes exploradores e cronistas portugueses que contribuíram significativamente para a compreensão e o intercâmbio entre diferentes civilizações.​
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Serpa Pinto (1846-1900)

Alexandre de Serpa Pinto, nascido em 20 de abril de 1846, em Cinfães, Portugal, foi um destacado explorador, oficial do exército e geógrafo português do século XIX. Serpa Pinto é especialmente reconhecido por sua corajosa travessia do continente africano, uma das expedições mais ambiciosas e bem-sucedidas de seu tempo. Em 1877, ele embarcou numa expedição de Angola a Moçambique, acompanhado por Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens. A viagem teve como objetivo explorar e mapear o interior africano, estabelecendo rotas terrestres que pudessem facilitar a presença portuguesa na região. Durante a sua expedição, Serpa Pinto enfrentou inúmeros desafios, incluindo doenças, ataques de animais selvagens e dificuldades logísticas, mas a sua determinação e habilidade em lidar com adversidades garantiram o sucesso da missão.

Serpa Pinto documentou a sua extraordinária jornada no livro "Como Eu Atravessei a África", publicado em 1881. A obra ofereceu ao mundo uma visão detalhada da geografia, fauna, flora e das diversas culturas africanas que encontrou ao longo do percurso. O relato de Serpa Pinto também forneceu valiosas contribuições científicas e cartográficas, ajudando a expandir o conhecimento europeu sobre o interior do continente africano. 
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Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens

Hermenegildo Capelo, nascido em 1841 em Palmela, Portugal, foi um distinto oficial da Marinha Portuguesa e explorador. Capelo é mais conhecido pelas suas expedições na África Central e Austral, onde, junto com Roberto Ivens, realizou notáveis viagens de exploração. Em 1877, Capelo participou da expedição de Angola a Moçambique, liderada por Alexandre de Serpa Pinto. Mais tarde, em 1884, Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens empreenderam uma nova expedição que atravessou a África de Angola à costa do Oceano Índico, passando por regiões ainda desconhecidas e mapeando vastas áreas do interior africano. Esta jornada, conhecida como a "Expedição Transafricana", foi crucial para a afirmação da presença portuguesa na África.

Roberto Ivens, nascido em 1850 na Ilha de São Miguel, Açores, foi um oficial da Marinha Portuguesa e explorador reconhecido. Filho de pais ingleses que se estabeleceram nos Açores, Ivens cresceu num ambiente bilíngue, o que lhe deu uma vantagem nas suas comunicações internacionais.

​Ivens juntou-se a Hermenegildo Capelo em várias expedições pela África. A expedição mais famosa da dupla ocorreu entre 1884 e 1885, quando atravessaram o continente africano de Angola a Moçambique. Durante esta expedição, enfrentaram inúmeros desafios, desde doenças tropicais até dificuldades de navegação e hostilidade de algumas tribos locais. A viagem resultou em importantes descobertas geográficas e etnográficas, bem como em um mapeamento detalhado de regiões desconhecidas. Os seus relatos foram publicados no livro "De Angola à Contracosta", que se tornou uma obra de referência sobre a exploração africana.

As expedições de Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens foram fundamentais para o conhecimento geográfico de África e para a consolidação da presença portuguesa no continente. As suas viagens ajudaram a mapear vastas regiões inexploradas, documentando a geografia, fauna, flora e culturas locais. O trabalho dos dois exploradores proporcionou uma compreensão mais profunda das complexas interações entre os diferentes povos africanos e o seu ambiente. 


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