A história dos Vikings é uma das mais fascinantes e enigmáticas do período medieval. Conhecidos como navegadores audaciosos, guerreiros temíveis e comerciantes habilidosos, os Vikings deixaram um impacto duradouro em muitas regiões da Europa, incluindo a Península Ibérica. A sua passagem por Lisboa é um capítulo intrigante desta saga. Neste artigo, vamos explorar três aspectos fundamentais: quem eram os Vikings, a amplitude das suas expedições desde Copenhaga até Istambul, e a sua tentativa de conquista de Lisboa. Sabe mais no Blog dos Portugueses em Viagem A passagem dos Vikings por Lisboa é uma prova da sua incrível habilidade como navegadores, guerreiros e exploradores. Desde as suas terras natais na Escandinávia até às suas incursões em terras tão distantes como Istambul e Lisboa, os Vikings deixaram uma marca indelével na história europeia. A sua tentativa de conquistar Lisboa, embora sem sucesso, é um capítulo fascinante que ilustra a audácia e a ambição deste povo notável. Hoje, a memória dos Vikings continua a capturar a imaginação, inspirando histórias, lendas e estudos históricos que exploram a sua complexa herança. 1. Um Povo Incrível!Os Vikings, originários da Escandinávia (atual Dinamarca, Noruega e Suécia), emergiram como uma força dominante na Europa entre os séculos VIII e XI. Conhecidos pela sua habilidade na construção naval, os Vikings construíam drakkars, embarcações robustas e ágeis que lhes permitiam navegar tanto em mares abertos quanto em rios interiores. Estas embarcações eram cruciais para as suas expedições, tanto de comércio quanto de saque. Além das suas capacidades marítimas, os Vikings eram também exímios guerreiros. Armados com espadas, machados e lanças, e protegidos por escudos e cotas de malha, os seus exércitos eram temidos em toda a Europa. Mas os Vikings não eram apenas saqueadores; eles também eram agricultores, comerciantes e exploradores. As suas expedições levaram-nos a estabelecer rotas de comércio que se estendiam da América do Norte até ao Médio Oriente. A sociedade viking era estruturada em clãs liderados por chefes, e a honra e a coragem eram valores altamente estimados. A religião dos Vikings era politeísta, adorando deuses como Odin, Thor e Freyja, e acreditavam que os guerreiros mortos em batalha iam para Valhalla, o salão dos heróis. 2. De Copenhaga a IstambulA expansão dos Vikings não conhecia fronteiras. Desde as suas terras natais na Escandinávia, os Vikings lançaram expedições que os levaram a várias partes do mundo. Na Europa Ocidental, eles saqueavam e estabeleciam assentamentos nas Ilhas Britânicas, na França e na Península Ibérica. Na Europa Oriental, os Vikings navegavam pelos grandes rios, como o Volga e o Dniepre, estabelecendo rotas de comércio com o Império Bizantino e o Califado Abássida. Estes comerciantes e guerreiros escandinavos eram conhecidos como Varangianos no leste. Um dos exemplos mais notáveis da presença viking no Mediterrâneo foi a guarda varegue, uma unidade de elite composta por guerreiros vikings que serviam como guarda-costas dos imperadores bizantinos em Constantinopla (atual Istambul). Estes guerreiros, recrutados pela sua lealdade e bravura, eram uma força formidável na proteção do Império Bizantino. As incursões dos Vikings no Mediterrâneo começaram por volta do século IX, e incluíram ataques a cidades costeiras e ilhas, bem como incursões mais profundas em territórios como a Península Ibérica. Os Vikings eram mestres em adaptar-se a novas terras e povos, assimilando-se frequentemente às culturas locais enquanto mantinham muitas das suas tradições. 3. A Conquista de LisboaA presença viking em Lisboa é um episódio menos conhecido, mas igualmente fascinante. No ano de 844, uma frota viking liderada pelo chefe Hastein navegou pelo Atlântico até à costa ocidental da Península Ibérica. Após ataques iniciais no norte da Península, os Vikings dirigiram-se para o sul, chegando a Lisboa. Lisboa, então sob domínio muçulmano como parte do Emirado de Córdoba, era uma cidade fortificada e próspera, um alvo atraente para os invasores nórdicos. Os Vikings atacaram Lisboa, mas enfrentaram uma forte resistência por parte dos defensores muçulmanos. Os registros históricos, como os relatos do cronista árabe Al-Masudi, descrevem batalhas intensas nas muralhas da cidade. Apesar da sua ferocidade e habilidades de combate, os Vikings não conseguiram conquistar Lisboa. Os defensores da cidade conseguiram repelir os invasores, e os Vikings foram forçados a retirar-se. No entanto, a incursão viking deixou uma marca duradoura na região. A ameaça de novos ataques levou os governantes locais a fortalecer ainda mais as defesas da cidade e a manter uma vigilância constante. A tentativa de conquistar Lisboa mostra a ambição e o alcance das expedições vikings. Embora não tenham conseguido estabelecer um domínio duradouro na Península Ibérica, a presença viking na região é um testemunho da sua capacidade de projetar poder e influência em territórios distantes. LER MAIS
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