Enquanto a maioria das rainhas portuguesas pouco se afastava do território nacional devido às restrições da época, esta Rainha destacou-se pelas viagens em busca de alianças e apoio político para consolidar o seu trono, num período marcado por intensos conflitos internos. Sabe mais no blog dos Portugueses em Viagem. A rainha de Portugal que mais viajou durante o seu reinado foi, sem dúvida, Dona Maria II (1819-1853). Nascida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1819, Dona Maria II foi levada para a Europa ainda jovem, para ser preparada para o trono português. Durante a juventude, viajou entre Portugal, Inglaterra e Áustria, onde recebia formação e orientação política. Posteriormente, com o apoio do pai, D. Pedro IV, e aliados estrangeiros, conseguiu estabelecer-se como rainha de Portugal, enfrentando o seu tio Miguel na luta pelo poder. Durante o seu reinado, mesmo depois de estabilizar o governo, manteve deslocações frequentes entre as diferentes províncias de Portugal, demonstrando uma preocupação com a integração e compreensão das necessidades regionais, algo bastante inovador para a época. Além disso, mantinha uma forte correspondência com outras cortes europeias e recebeu em Portugal influências culturais de países como França e Inglaterra, que moldaram o cenário político e cultural português. Assim, embora as viagens internacionais de Dona Maria II tenham sido maioritariamente no início do seu percurso e em períodos críticos, ela destaca-se entre as monarcas portuguesas pela quantidade de deslocações e contactos fora de Portugal. Esta realidade contrastava com as experiências de outras rainhas, que raramente saíam das fronteiras do reino e cujas viagens eram mais limitadas ao território nacional. Como resultado, Dona Maria II é considerada uma figura de transição, que abriu espaço para uma visão mais cosmopolita e conectada de Portugal com o restante continente europeu. |
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