Em 1487 D. João II convidou Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva para uma Missão secreta: estabelecerem contacto com o mítico reino de Prestes João e com os reinos na Índia. Aos 37 anos de idade, Pêro já tinha servido o reino em batalhas e missões diplomáticas no Norte de África. Os dois, Afonso e Pêro, aceitaram o desafio e partiram disfarçados de mercadores numa grande viagem que lhes mudou a vida. Partem de Santarém no dia 7 de Maio de 1487 para Barcelona, atravessando toda a Espanha a cavalo. Em Barcelona embarcam para Rodes na Grécia e daí seguem para Alexandria no Egipto. Prosseguem até ao Cairo onde integram uma caravana árabe com direção ao oriente. Infiltrados na Caravana árabe atravessam o Sinai e foram os primeiros europeus a visitar Meca e Medina, ainda hoje fechadas a não muçulmanos. Prosseguem até Aden na actual Somália, Aí separam-se: Afonso de Paiva parte para a Etiópia em busca de Prestes João e Pêro para a India. O plano era reencontrarem-se meses depois no Cairo. Consegues imaginar a emoção desta separação? Um ano e maio depois de partir de Santarém, em 1488, Pêro chega a Calecute no sul da Índia. Aí informa-se sobre a China, Malásia, visita Goa e Ormuz. De regresso percorre a costa oriental Africana: Melinde, Sofala (actual Moçambique, Tanzânia e Quénia) recolhendo informações confidenciais e valiosas para a posterior viagem de Vasco da Gama. A coragem, inteligência e sacrifício de Pêro da Covilhã foram determinantes para a História de Portugal, Em 1491 está de regresso ao Cairo onde se encontra com enviados do Rei Português e é informado da morte do seu companheiro Afonso de Paiva. Desolado mas com enorme sentido de estado, entrega o seu relatório aos emissários do Rei e segue para sul, para a Etiópia, tentando concluir a missão do seu parceiro de viagem: estabelecer contacto com o mítico Prestes João. Prestes João foi um Imperador Etíope, Cristão, que entrou no imaginário medieval europeu pela boca de mercadores, viajantes e peregrinos. Quando Pêro da Covilhã chega à Etiópia encontra os sucessores deste mítico imperador e percebe que a riqueza e poder militar do reino fora grandemente exagerada pela lenda. É-lhe também comunicada a nova lei em que qualquer estrangeiro que entre no país não poderá sair (uma espécie de lockdown , mas séculos antes do teu). Pêro da Covilhã é impedido de regressar a Portugal. Converte-se em conselheiro régio, casa com várias mulheres, tem inúmeros filhos, dão-lhe terras, e é na Etiópia que aos 80 anos viria a falecer depois de uma vida longa de aventuras. Pêro da Covilhã nunca chegou a regressar a Portugal e a receber a gratidão do Reino. Mas foi sem dúvida um grande Português em Viagem. A sua viagem e a de Afonso Paiva devem ser conhecidas e partilhadas. LÊ MAISGRANDES VIAJANTES DA HISTÓRIA A MAIOR SERIAL-KILLER NACIONAL 10 CONSELHOS DE SEGURANÇA PARA VIAJAR NA TAILÂNDIA 5 DICAS ESSENCIAIS PARA MARCAR UM VOO DEPOIS DA PANDEMIA AS CASCATAS MAIS BELAS DA ISLÂNDIA VÊ OS VÍDEOSmarca as tuas férias |
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