A Marta viajou pela Índia em Março 2020 e esteve no Festival Holi em Varanasi. Lê o que a Marta escreveu sobre esta sua Grande Viagem! Na última viagem que fiz dei conta de que o tempo é curto! Vivi por quinze dias num mundo novo, que é considerado dos mais antigos; conheci pessoas fantásticas – sempre adorei conhecer pessoas e todas me parecem sempre fantásticas, com tudo aquilo que trazem em si e tudo o que podem acrescentar em mim. Reforcei o sentido de movimento e liberdade que há em mim e que me traz vida…reforcei amizade com pessoas que nunca tinha visto, mas com as quais sei haver laços invisíveis. Olhei nos olhos de quem vive do outro lado do mundo e senti o seu amor… Senti o calor do sol sobre as nuvens densas, os cheiros a vida e a morte, a incenso e a podridão, o sabor doce e agreste que me acalentou o palato… Vivi o ritmo alucinante do tráfego e a paz para lá dos muros. Ouvi os cantos e silenciei nos templos e mesquitas. Molhei os pés no rio sagrado e sujei-me com os seus pós coloridos que celebram o triunfo do bem sobre o mal e a chegada da estação das flores. Vesti as suas roupas e celebrei o amanhecer e o anoitecer, agradecendo por mais um dia. Choquei-me com os atos bárbaros de violência contra as mulheres e emocionei-me por conhecer as guerreiras que são, com a beleza que emanam dos seus rostos desfigurados. Encantei-me com a simplicidade e com os sorrisos no olhar. Encantei-me com os contrastes: a magnificência das construções que expressam a força e o amor e as habitações singelas, escadas incertas que nos levam mais perto do céu. Fui conduzida de todas as formas, oscilando entre meios simples e sofisticados: o avião que tudo informou em tempo real, o comboio onde dormi no terceiro andar, o metro onde me agarrei ao corrimão, barcos a remos e a motor às seis da manhã para ver o nascer do sol, tuc-tuc a escapulir nas estradas, a longa viagem de carrinha por estradas empoeiradas com mochilas no tejadilho presas a cordel. Os meus passos, mochila às costas e sapatilhas nos pés – aquelas que à saída da mesquita só me queriam dar, a troco de 10 rupias. Nos caminhos a pé, por becos ou ruas largas, nos jardins ou nos mercados, cruzei-me de forma serena com seres com os quais se partilham os dias, respeitados pela sua forma viva: cães, vacas, macacos, galinhas, porcos, esquilos… Senti a fusão das culturas e percebi que somos todos feitos da mesma carne e que nos corre o mesmo sangue nas veias.. o que me deu sede… sede de viver mais, sentir mais, conhecer mais, ouvir e saborear mais.. e por isso… a noção de que o tempo é curto…e que não há limites senão aqueles que nos impomos e nos aprisionam a alma. Tão curto que temos viajar dentro de nós e encontrar o que eu encontrei, a VIDA, em todos os momentos… Aprendi que feliz é aquele que VIVE e tem a noção de finitude, essa mesma que não nos deixa ficar presos à mesmice, às aparências, ou ao que os outros possam pensar. Porque o tempo é curto… e o relógio não para!… TIC TAC… TIC TAC… Namaste. Viajante: Marta Zenha Os Autores são os únicos responsáveis legais pela originalidade, direitos e veracidade dos textos e fotografias publicados. Tens histórias, fotografias e vídeos de viagem que gostarias de ver no Blog dos Portugueses em Viagem? Sabe mais AQUI LÊ MAISFOTOS DO NOSSO TREKKING NO DESERTO AS CASCATAS MAIS BELAS DA ISLÂNDIA O QUE PRECISAS SABER ANTES DE VIAJAR PARA A TAILÂNDIA O QUE VISITAR EM TÓQUIO (COM MAPA) VÊ OS VÍDEOS |
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